Zilina: Jantar do Bellini e Passeio nas Montanhas Tatra

Bem, ontem como já tinha dito, era feriado nacional e por isso só tivemos aulas pela manha. Alguns de nós fomos almoçar a um restaurante cá próximo do Hostel. Já somos clientes assíduos! Pena que já por mais de uma vez tenhamos lá chegado antes das 8 da noite, e já não servirem refeições a essa hora! Aqui funciona tudo mais cedo…

A tarde foi bastante morna… A mais calma até ao momento. Como temos tido sempre aulas bastante cedo de manha, a maioria acabou por ficar a descansar nos quartos.

À noite, tivemos jantar preparado pelo nosso amigo italiano, Marco. Ele preparou uma massa, 3 kg de massa numa panela a abarrotar! Conclusão: ficou um bocado descompensado o molho e o resto dos ingredientes, mas com a fome que o pessoal estava, “marchou” bem. A seguir ao jantar estavamos todos prontos para sair quando começa a chover torrencialmente… Como o hostel ainda fica a cerca de 20/25 minutos do centro, acabamos por ficar no Hostel. Parte do pessoal foi dormir, o resto ficou a ver um filme: Memento foi a escolha. Não muito acertada… A qualidade do filme não está em discussão. Contudo, não é filme para se ver à noite e com sono.

Hoje o dia começou novamente muito cedo. Ás 7:30 já todos nos estavamos a preparar para sair. Tinhamos cerca de 30 minutos para estarmos na estação de autocarros que fica próxima do centro. Pelo caminho, vimos placards a anunciar jogos de Hóquei no gelo. Terça está combinado irmos apoiar o Zilina!

Agenda de Jogos de Hockey no Gelo do Zilina

Agenda de Jogos de Hockey no Gelo do Zilina

Foi dia passeio a umas montanhas cá próximas de Zilina, chamadas Tatra. A viagem foi feita numa camioneta pública a abarrotar e demorou cerca de 1 hora. Quando lá chegamos, logo nos apercebemos da beleza da paisagem.

Ponto de partida para a caminhada nas montanhas

Ponto de partida para a caminhada nas montanhas

Durante cerca de 1:30h fizemos uma caminhada pelas montanhas, acompanhados por duas das professoras que nos dão aulas de Eslovaco e o esposo e filha de uma delas. Andamos por trilhos, riachos, subidas e descidas, bastante “radicais” para nós tugas, mas que para os locais pareciam bastante normais. Haviam partes relativamente difíceis de atravessar, mas contudo via-se todo o tipo de pessoas nas caminhadas, desde crianças a idosos.

Caminhada pelas Montanhas Tatra

Caminhada pelas Montanhas Tatra

Terminada a longa caminhada, fomos almoçar a um restaurante no sopé da montanha, onde haviamos anteriormente escolhido os pratos. Para começar, foi nos oferecidos pelo marido da prof um Slivovica a cada um. Diz ele que é costume beberem um antes de almoço… Não fomos acompanhados pelo anfitrião, pois ele ía conduzir, e aqui na Eslováquia, o limite de alcolémia é 0! Literalmente: “Se conduzir não beba!”. A refeição não estava má… Mas foi das mais caras que já tivemos cá. Pagamos cerca de 8/9 euros cada um. Isto é caro cá na Eslováquia!

Depois do almoço, regressamos a Zilina. A viagem passou rápido (a soneca pelo caminho ajudou). Pelo caminho houve uma passagem pelo Kaufland, e um descanso no Hostel. Depois, foi tempo para uma partida de futebol no relvado cá próximo do Hostel. Depois de 1:30h de esforço, banho e jantar na Pizaria Italiana.

Está quase a começar o Benfica – Porto! A expectativa é grande! Oxalá ganhe o melhor, o FCP pois claro! Mas também se não ganhar, vamos para a festa no “Miami” na mesma!

Amanha vamos a um Spa cá próximo.

Dóbru Nóc! (Como quem diz, “Boa Noite”)

Zilina: Passeio pela cidade e jantar polaco

As aulas de eslovaco não dão descanso! Diariamente temos 5 horas de aprendizagem da língua. Como já tenho dito várias vezes, não é uma tarefa fácil para um latino aprender eslovaco. Contudo, já vamos conseguindo dizer e perceber algumas coisas. Ao fim de 3 semanas vamos estar uns experts em eslovaco! (ou então não…)

Bem, ontem, depois da sessão eslovaca matinal, fomos almoçar como habitualmente fazemos, na cantina da universidade. O pessoal tem-se queixado um bocado da comida na cantina. É bastante diferente da nossa comida portuguesa, principalmente nos molhos que acompanham os pratos principais e as sopas. Eu tenho me ficado pelo prato vegetariano (salada) e não tem sido muito mau…

Pela tarde, prosseguiram as aulas de eslovaco até às 15:00h. Mais vocabulário, mais verbos e algumas complicações. Por exemplo, em eslovaco “muzika” significa música mal tocada! Música “normal”, diz-se hubda. Faz todo o sentido…

Acabadas as aulas, regressamos ao Hostel. Por volta das 16:30, alguns de nós fomos até à cidade procurar um rent-car pois domingo vamos a uma estancia termal cá próxima (Rajecké Teplice). O centro da cidade estava ontem bastante movimentado. Estava a decorrer um festival de música. A banda que estava a tocar na altura tinha um som Rock, que apesar de ser cantado em eslovaco, até que não soava nada mal…

Concerto em Zilina

Concerto em Zilina

Outra das razões para o movimento que se observava na cidade, era o facto de o Zilina MSK ter disputado ontem, o último jogo de apuramento para a Taça Uefa frente aos vizinhos checos do Sloban Liberec. Venceram o jogo por 2-1 e apuraram-se pela 2ª vez na sua história, para a fase Regular da Taça Uefa! Ainda vamos ter cá equipas portuguesas a jogar quem sabe…

Ultras Zilina a caminho do estádio

Ultras Zilina a caminho do estádio

Rent-car’s abertos, nem vê-los… Aproveitando o movimento gerado pelo jogo, decidimos seguir os adeptos, e ver o ambiente próximo do estádio. Pelo caminho comemos um zmrzlina (gelado), que cá são estupidamente baratos! Um gelado “Cartd’or” em cone com 2 bolas custa em qualquer lado, cerca de 50 centimos!

No caminho para o estádio, falamos com uns locais para tentar resolver o problema do carro. Curiosamente, logo os primeiros com quem falamos, mostraram-se bastante prestáveis, e neste momento já temos carro para Domingo! Um deles telefonou para um amigo, e rapidamente se arranjou um carro. Um Kia, carro que aqui há bastante pois a maior fábrica da Europa da Kia Motors é em Zilina. No meio da multidão, é que dá para perceber melhor que este povo é muito alto! No meio deles, eu com cerca de 1.88m de altura, pareço várias vezes um pequenote!

Continuamos o caminho para o estádio, sendo que primeiro entramos na Arena de Hockey no gelo. O Hockey no Gelo é o desporto mais importante na Eslováquia, seguido do Voleibol e só depois do Futebol. A Arena tem um aspecto poderoso, sendo que lotada, deve ter um ambiente espectacular!

Arena de Hockey do Mestsky Hokejový Klub de Zilina

Arena de Hockey do Mestsky Hokejový Klub de Zilina

O estádio é mesmo ao lado. É um estádio, que eu diria que tem capacidade para cerca de 10 mil pessoas… O movimento já era grande em volta do jogo, e eram muitos os cânticos a fazer lembrar um jogo Inglês. Já estavamos no final da tarde e por isso fizemos o caminho de volta ao Hostel. Pelo meio, paramos no Kaufland para comprar mantimentos para o jantar.

Alguma da comitiva, acabou por não jantar no hostel e jantar antes no restaurante. Ficaram a perder um jantar bastante saboroso, preparado pelo pessoal Polaco. Comemos comida típica deles, uma espécie de ovos mexidos com chouriço, umas fatias de pão barradas com um paté de atum e mais umas coisas e uma espécie de “salada russa”. Estava tudo muito bom.

Jantar Polaco

Jantar Polaco

No final, por insistência da nossa colega polaca Iwona, bebemos uns shots de Borovica, bebida típica eslovaca, ao estilo alemão. E o que é o estilo alemão? Consiste em primeiro colocar na boca sumo em pó, depois beber Borovica, misturar e beber. Entretanto o pessoal que foi jantar ao restaurante, tinha parado num bar próximo do Hostel. Eu e o italiano ainda lá fomos ter com eles, mas como não estavamos no mesmo “mood”, acabamos por não passar lá muito tempo… Eles conheceram ontem o “Don Corleone” de Zilina! Medo! Dizia ele “This is my Town Zilina! You know? Zilina is my town!”.

Hoje, é feriado nacional e por isso só tivemos aulas pela manha. Para a tarde ainda não há planos, sendo que me parece que parte da comitiva vai ficar no Hostel a pôr o sono em dia…

Agora está na hora do almoço!

Dobrú chuť! (Como quem diz, Bom apetite!)

Zilina: Entre as aulas e a noite

Nestes últimos dois dias, temos continuado a árduo tarefa de aprender eslovaco. Todos os dias, às 9 da manha, fazemos cerca de 10 minutos para chegar ao edifício onde temos aulas, num percurso que mais faz lembrar uma prova de ciclismo de alta montanha, ao estilo da subida à Nossa Senhora da Graça! São 3 as professoras que nos estão a ensinar: uma que domina o inglês e dá as aulas com muita calma; outra que dá uns toques de inglês e que está sempre a dar as aulas com a 5ª engrenada e outra, com muitas dificuldades em exprimir-se no inglês e que exige bastante correcção na nossa pronúncia eslovaca e se esforça muito por que que nós falemos sempre em eslovaco, não tem sido fácil. Faltam-nos referências para conseguirmos perceber o significado das palavras, tal é a diferença abismal na construção frasica. Têm sido muitos verbos e vocabulário em pouco tempo.

Ontem, após a aula, fomos jogar voleibol de praia para um complexo próximo do hostel. Passou-se um bom bocado, que culminou com alguns Pivos para matar a sede aos jogadores.

Pivos depois do jogo

Pivos depois do jogo

Ficamos algum tempo à conversa e depois fomos fazer alguns compras a um supermercado cá próximo. Aqui janta-se muito cedo. Por volta das 8h/8.30h, alguns restaurantes já não servem refeições. Por isso, acabamos por ir almoçar à segunda opção que tínhamos. Era um restaurante italiano, não se jantou mal…

Depois do jantar tivemos a beber mais uns pivos (cervejas, se ainda não sabem o que é) e a mostrar aos polacos e ao italiano, que vivem connosco, alguns vídeos do Porto.

Um “warm-up” para irmos para uma das poucas discos abertas cá à terça: “Uh La La”, é o seu nome. O aspecto exterior, era por assim dizer, manhoso vá lá… Um edifício velho, escuro e sem qualquer informação chamativa de que se tratava de uma Disco. Como preço de entrada, pagamos um balúrdio! Imaginem só: 70 centimos! Entramos, e começamo-nos a ambientar ao espaço. A música na altura soava estranha, devia ser eslovaco ou coisa do género, mas o pessoal vibrava muito. Para primeira bebida, foi nos sugerido um vodka. Bem… de caixão à cova! Parecia mesmo álcool etílico puro! Até o calejado Pawel achou aquilo forte… Á medida que a noite foi avançando acabaram as músicas “esquisitas” e já só se ouviam êxitos internacionais. Quanto ao ambiente, tenho de dizer que estava bastante bom! Eram muitas as mulheres bonitas presentes, o que dava um colorido interessante ao espaço. Uma delas (a bela Suzanne), ofereceu-nos uma bebida típica eslovaca: Slivovica, feita a partir da fermentação de ameixas. Muito bom…

A noite já ía longa quando saímos da discoteca, por volta das 4 da manha (aqui as discos “aquecem” bastante mais cedo que em Portugal, por volta da 11 e tal meia noite). Vinte/vinte cinco minutos de caminhada para o hostel e tempo para descansar algumas horas até à aula da manha seguinte. Com o sono em dia já é complicado, a dormir pouco então, o eslovaco ainda fica mais difícil… Mas é um esforço importante pois a maioria das pessoas cá não fala inglês.

Após as aulas de hoje, fomos para umas piscinas exteriores cá da cidade. Cá na cidade à piscinas olímpicas quer interiores quer exteriores. Viemos do sul da Europa, encontrar um tempo bastante bom… Hoje não deveria estar muito longe dos 30º penso eu, pelo que os banhos de piscinas souberam pela vida!

Piscinas em Zilina

Piscinas em Zilina

Jantamos cedo hoje (para prevenir ficarmos sem jantar…) e hoje não há “rambóia”. Ainda está tudo na ressaca de ontem…

Dovidenia!

Inicío do Curso de Línguas EILC

Hoje tal como tinha dito no post anterior, começou o curso de línguas. Ainda não eram 9 da manha quando começou a reunião de apresentação com as professoras que nos vão ensinar eslovaco e um representante da Universidade de Zilina. Eu e o MaD chegamos 5 minutos atrasados, e não deixamos de ouvir uma pequena advertência. Ficou claro que aqui as horas são mesmo para cumprir! A professora principal, tem o estilo de uma Professora Primária “à antiga”, numa mistura de rigidez com benevolência, com um trato bastante fácil. O vice-presidente da Universidade, por outro lado, mostrou-se descontraído e aproveitou para nos recomendar que não levemos o curso demasiado a sério! Durante a reunião, foi nos distribuída um saco com uma série de souvenirs e informações da Universidade. Acabada a reunião, tivemos a nossa primeira aula de eslovaco. Somos uma turma pequena (11 alunos). A aula consistiu na introdução de algumas palavras básicas e na aprendizagem dos vogais eslovacos. Pequenos exemplos: Ahoj “olá”, Dovidenia “adeus”, Ďakujem “obrigado”, Pivo (cerveja) ou Viem , Že Nic Ne Viem “Eu sei que nada sei”.

Acabada a aula, fomos almoçar pela primeira vez à cantina da Universidade. Pagamos 79 korunas (2,6 euros) pela refeição. A comida não sendo espectacular, consegue ser melhor que a da FEUP! Após o almoço, fomos fazer um “city seeing” para conhecer as principais instalações da cidade e os principais pontos de interesse.

Vista de uma das zonas centrais de Zilina

Vista de uma das zonas centrais de Zilina

Pelo meio, fomos recebidos na Camara Municipal da cidade, pelo vice-presidente. Numa conversa relativamente informal, ele aproveitou para nos dar as boas-vindas, contar alguns factos sobre a cidade, curiosidades e a nós foi nos sugerido que falássemos sobre as nossas primeiras impressões sobre a eslováquia. Como bons tugas que somos, não houve problema em referir a beleza feminina da Eslováquia como um dos pontos a favor, sendo que o Vice ficou bastante admirado pois ainda ninguém em visita “oficial” à cidade tinha tido o à vontade para dizer tal coisa. Foi ainda referido o facto de a paisagem ser bastante diferente da que estamos habituados na cidade, assinalada a calmaria apresentada pela cidade e a gastronomia eslovaca como pontos positivos. Até ao momento, todas as pessoas têm sido muito hospitaleiras e simpáticas connosco, sendo o facto de muita gente não falar Inglês, o ponto mais negativo para nos relacionarmos melhor com os locais (nem sequer o Vice-Presidente falava inglês!).

Oferendas de Zilina aos estudantes Erasmus

Oferendas de Zilina aos estudantes Erasmus

Após o encontro na Câmara, dirigimo-nos ao posto de turismo da cidade. Recolhemos alguns postais e panfletos, e fomos passar algum tempo a uma esplanada. Para terem uma ideia dos preços baixos que aqui há na área da restauração, uma cerveja standard eslovaca (standard aqui é meio litro…), custa entre 17-25 korunas, ou seja, entre sensivelmente 50 e 80 centimos, ou um gelado daqueles gigantes, com fruta, e vários sabores, custa cerca de 1.50 euros… Da esplanada seguimos para o campo de voleibol de praia, como tinhamos combinado no dia anterior. Não havia campos livres, pelo que amanha já temos um joguinho marcado para matar saudades! Não houve voleibol, houve futebol. Primeiro jogamos algum tempo entre nós, mas depois fomos desafiados por alguns eslovacos para uma partida. Um bocado “toscos” a jogar, com um ar “severo” e duro, mas bastante simpáticos e amigáveis, jogou-se uma partida razoável num autêntico batatal!

Voltamos ao hostel, descansamos um bocado e acabamos à pouco de chegar de jantar. Amanha novo despertar às 9, desta feita esperemos que sem atrasos…

Uvidíme sa zajtra! (Como quem diz, “Até amanha!”)

Bratislava para trás, Chegada a Žilina

Nos últimos dias tem sido complicado escrever aqui no blog. Chegamos ontem ao inicio da tarde, mas apenas hoje conseguimos ter internet nos quartos. Bem, vou começar por falar do último dia que passamos em Bratislava.

O dia começou tarde, como é costume em férias (e não só…), por volta do meio-dia. Fomos para o centro de Bratislava usando o trem (uma viagem de 10 minutos custa cerca de 20 centimos), e, depois de uma visita a uma livraria onde compramos dicionários Inglês-Eslovaco e vice-versa, fomos a um tasco cá do sítio. Optamos por comer o menu diário, que custava à volta de 3 euros, com direito a sopa e prato. A comida não estava má. A maioria dos pratos que temos provado, tem queijo e cebola em abundância.

Refeição no tasco

Refeição no tasco

Depois do almoço, fomos tratar de arranjar números de telemóvel eslovaco. Foi algo complicado conseguirmos explicar o que queríamos, mas felizmente lá apareceu um empregado que “arranhava” o inglês. Assunto tratado, fomos tentar junto de umas locais, saber onde ficava um lago que uma das nossas anfitriãs BEST nos havia falado. Já estávamos a meio da tarde, e a maioria das pessoas que perguntávamos pelo lago, nunca tinham lá ido… Apesar disso, arriscamos na mesma a ida. E ainda bem que arriscamos, valeu bem a pena! Demoramos cerca de 30 minutos a lá chegar. Quando lá chegamos, deparamos-nos com um espaço idêntico a vários campismos que temos em Portugal, com esplanadas, campos de voleibol de praia, espaço para tendas e uma praia que cercava o lago, de dimensões razoáveis. Curiosamente, o tempo esteve muito bom (20 e muitos graus) e a temperatura da água era excelente.

Gaivota no Lago Zlate Piesky

Depois de uma banhoca, fomos dar uma volta de gaivota. No meio do lago, existia um pequeno ilhéu. Do outro lado do ilhéu, era, imagine-se, uma praia naturista! Ora, como diz o ditado, “Em Roma, sê Romano”, e pronto, lá nos juntamos ao movimento (fotos não disponíveis por razões óbvias…).

Já o sol desaparecia quando regressamos à cidade. Depois de uma visita ao “Tesco” cá do sítio, fomos para a zona mais “in” de Bratislava, que fica perto do Castelo da cidade. Com ruas fazendo lembrar um pouco as “ramblas” de Barcelona, haviam vários restaurantes e bares com bom ambiente, mas também com preços mais elevados. Esta é provavelmente a zona mais cara da cidade (os preços não são contudo nada de muito exorbitante). Saímos um pouco dessa zona, e dirigimo-nos para uma zona menos “turística”. Acabamos num restaurante bastante curioso, cheio de luzes coloridas, a fazer lembrar mais uma discoteca, com um velhote com alta colecção de cds a fazer de DJ (tinha bom gosto musical, por sinal).

Jantar em Bratislava

Jantar em Bratislava

O que pedimos acabou por não ser muito bem compreendido, mas os pratos que vieram, estavam bastante bons. Comemos mais uma vez um prato à base de queijo, desta feita com franco e porco. Uma agradável surpresa a comida aqui na Eslováquia…

Saímos do restaurante já na hora do fecho, e fomos dar uma volta pela cidade. Passamos mais uma vez pela zona movimentada perto do Castelo, e depois dirigimo-nos para a zona perto do Danúbio. Regressamos ao espectacular Red Star Hostel, de taxi, pois o trem já havia terminado à hora que regressamos. Durante o passeio, houve tempo para tirar mais uma foto, desta feita ao monumento mais sexy da cidade.

Foto com a senhora de pernas abertas

Foto com a "senhora de pernas abertas"

No dia seguinte, mudamo-nos de malas e bagagens para Zilina. Depois de uma viagem de cerca de 3 horas, numa carruagem completamente atafulhada de malas, passada na conversa e a jogar cartas, chegamos finalmente a Zilina (lê se  ‘ji-li-na’), por volta das 3 da tarde. Apanhamos um taxi para o bloco da residência de estudantes, e em poucos minutos chegamos à cidade. Zilina tem um aspecto algo velho e cinzento, pelo que a zona da residência, não foge muito à regra. Chegados ao bloco que nos foi destinado, a complicação foi grande para falar com a recepcionista que não sabe uma única palavra de inglês! Como que se de um milagre se tratasse, apareceu um eslovaco, o Maros, a falar um inglês quase perfeito. Foi uma preciosa ajuda para falar com a recepcionista, e um óptimo “cicerone” para nos introduzir a cidade. Malas instalados, seguimos com o Maros para um restaurante recomendado.Outra refeição barata e saborosa… Saímos, e fomos a um bar perto do restaurante. Convém referir que entretanto, mais dois portugueses se instalaram cá (Renato e Diogo, ainda não presente no Bar), pelo que somos uma comitiva de 6 portugueses!

Bar em Zilina

Bar em Zilina

Daqui seguimos para o Shopping da cidade, que fica a poucos minutos a pé, da nossa Residência. O Shopping não sendo muito grande, tem tudo o que é necessário. Depois de algumas compras, seguimos para o Hostel. Altura para conhecer dois dos polacos que aqui vão estudar: Pawel e Iwona. Jantamos e saímos com o Maros para uma discoteca recomendada por ele. Nada ao estilo do que estamos em Portugal, na mesma sala, havia uma área com a pista de dança e outra com bilhares, matrecos e cadeiras. Passamos um bom bocado a beber umas cervejas, jogar matrecos (passatempo favorito do Mad) e bilhar.

Hoje, fomos até ao centro de Zilina. Tem um aspecto mais agradável à vista, sendo que por hoje, ainda pouco o exploramos. Almoçamos já tarde, fomos a um bar depois de almoço tomar café, demos uma pequena volta, passamos pela piscina cá da cidade (olímpica, interior e exterior), um espaço com campos de voleibol de praia (altamente!) e uma espécie de mini kartodromo, que alguns de nós aproveitamos para experimentar. Nova passagem pelo shopping, a que se seguiu um jantar improvisado. Pelo meio, Portistas festejamos a primeira vitória do FCP no campeonato, enquanto que os de vermelho, se lamentavam pelos pontos perdidos em Vila do Conde… O costume! Os polacos, saíram reforçados por mais uma polaca, e aproveitamos para lhes apresentar o vinho do Porto. Apesar de terem gostado, ficamos com a impressão que não o trocam pelo Vodka.

A história já vai longa (demasiado talvez…). Amanha começa o Curso de Eslovaco. Vai ser bonito…

Dobrú noc! (como quem diz, “Boa noite!”)

Eslováquia – 1º Dia

Depois de vários meses de expectativa, heis que chegou o tão aguardado dia. Feitas as despedidas da família, começou a viagem que nos havia de levar a mim e ao meu comparsa de viagem Ricardo, para Lisboa. A viagem correu com tranquilidade.

Lisboa, antes da partida

Lisboa, antes da partida

O ar contente e feliz da foto, desapareceu por momentos, quanto fomos fazer o “check-in”. Tínhamos respectivamente eu 20kg de bagagem a mais e o Ricardo 9kg. Como nunca tinhamos antes feito uma viagem em que fosse precisa tanta bagagem, e porque tínhamos reservado espaço para 2 malas, pensávamos que tinhamos direito aos 20kg de peso limite, por cada bagagem encomendada: ERRADO! O limite é 20kg por pessoa. O que se pode é pagar volume (malas) não peso… Ao que parece é igual na maioria das low-cost. Os nossos companheiros Erasmus (Mad e Archer), tiveram problema igual na Clickair. Fica o aviso para quem tiver de fazer uma viagem do género. Conclusão: 160 euros para o excesso de bagagem… Um bom começo sem dúvida! Bem, como não havia volta a dar, o clima pesado que se instalou quando tivemos de pagar este balúrdio, desapareceu assim que descolámos rumo a Viena. Falta dizer que o pessoal do nosso vôo era surreal! Eramos dos pouquíssimos portugueses a bordo. A maioria do pessoal no voo, não devia tomar banho há vários dias, tal era o aspecto descuidado que apresentavam.

Em Viena, esperamos umas horas no aeroporto pelo transfer que nos havia de levar para Bratislava. Logo aí, tivemos contacto com a excentricidade das pessoas desta zona Central da Europa. É interessante observar a variedade de estilos do pessoal e ver o aspecto desmazelado de muitas das pessoas. Agora percebo melhor a imagem dos americanos nos filmes, quando caricaturam os europeus… Vimos por exemplo um grupo a chegar ao terminal de partidas de limusine, vestidos de cor-de-rosa, de apitos na boca (não eram dourados :P) e a fazer alto estardalhaço.

Pessoal a chegar de limusina e t-shirts rosa ao aeroporto

Pessoal a chegar de limusina e t-shirts rosa ao aeroporto

Depois de cerca de 50 minutos de autocarro, chegamos finalmente, ao início da tarde, a Bratislava. A primeira impressão quando chegamos à cidade, não foi das melhores… A zona onde saímos tinha um aspecto “manhoso”, e ainda mais manhoso nos pareceu a pequena viagem de táxi que fizemos entre a paragem e o hostel. O percurso tinha o aspecto do Leste que estávamos habituados a ver à uns anos, ou seja, edifícios cinzentos, trânsito desorganizado e carros a pedir reforma. Quando chegamos ao hostel, ficamos ainda mais admirados com o Hostel que tínhamos reservado. Um edifício enorme e velho, com os quartos bastante pirosos, cheios de poeira e a tresandar a velho, mas com um pormenor bom: internet grátis e secretárias para os portáteis.

Depois de deixarmos as bagagens nos quartos, fomos até ao centro da cidade onde nos encontramos com duas alunas “BEST” (Board for European Student of Technology) aqui de Bratislava, que havíamos conhecido por “mail”. Estivemos num bar típico Eslovaco onde tivemos oportunidade de experimentar a cerveja que se bebe por cá (bastante boa, por sinal), e uma bebida própria de cá (Kovola), parecida com coca-cola, mas feita à base de ervas (recomendado). Experimentamos ainda uma sopa típica de cá, feita à base de cebola, e servida dentro de um pão tipo alentejano, que soube muito bem!

As primeiras más impressões com que tínhamos ficado quando chegamos à cidade, desapareceram completamente logo neste primeiro contacto com a cidade propriamente dita. A cidade não é muito grande, é pacata, repleta de estátuas, algumas igrejas e um trem que atravessa toda a parte histórica. Os turistas que se vêem são poucos, e pouca gente fala inglês, principalmente as pessoas mais velhas. As pessoas com quem falamos mostraram-se bastante simples e hospitaleiras. Podemos confirmar ainda as indicações que nos tinham dado sobre a beleza feminina da Eslováquia. É espantosa a quantidade de mulheres bonitas que se vêem nas ruas!

Uma das muitas estátuas espalhadas pela cidade

Uma das muitas estátuas espalhadas pela cidade

Depois de nos despedirmos das anfitriãs eslovacas que nos acompanharam no Bar, seguimos, ao final da tarde, para a zona do Castelo, monumento mais emblemático de Bratislava. A vista sobre o Danúbio é espectacular, e toda a zona envolvente do Castelo vale a pena visitar.

Foto com o Castelo em fundo

Foto com o Castelo em fundo

Chegamos ao hostel por volta das 21. Parte da comitiva tuga, ficou-se pelos quartos e já nem jantar foi. Estávamos todos estafados pois a noite anterior foi de pouco sono graças às viagens para cá chegar. Eu e o Ricardo ainda fomos a um restaurante cheio de pinta, numa esplanada, com música ao vivo, com um prato enorme à base de massa e com uma apresentação toda janota, juntamente com 2 cervejas XL, tendo pago no final cerca de 8 euros cada… Nada mau!

O cansaço era muito e por isso o dia ficou por aqui. Próximos capítulos brevemente…

Até já Portugal, Olá Eslováquia!

Bem, estou a poucas horas de embarcar para a Eslováquia. Malas feitas, mochila feita, papéis tratados, hostel marcado, já não falta nada!

Vão se acabar mordomias como ter a caminha feita todos os dias, roupa sempre pronta a vestir ou comida fresca sempre a horas. Pela primeira vez na vida vou saber o que é viver longe de casa. Isso não me assusta. Apesar da perda de algumas facilidades que aqui tenho, o facto de ir viver para um país diferente, com pessoas diferentes, viver um dia-a-dia completamente diferente e habituar-me a horários diferentes, é algo que me entusiasma. Ter de me desenrascar na cozinha, a passar a ferro, habituar a gerir com mais cuidado os meus gastos, são coisas que certamente me vão enriquecer. Depois de 21 anos a viver no mesmo sítio, sinto que esta mudança temporária vem mesmo a calhar, para combater um pouco a monotonia, os dias “iguais” e os hábitos enraizados. É claro que vão haver saudades. Mas como felizmente (ou infelizmente?) não há nada que me “prenda” especialmente a casa, acho que estes meses que vou estar fora, vão ser vividos com naturalidade (já pareço o Paulo Bento…).

Afinal 5 meses passam rápido e Erasmus é uma vez na vida (ou então não…)!

Concertos de Verão – Parte III

Cartaz MaiaAct

Cartaz MaiaAct

Decorreu entre 19 e 26 de Julho o 1º Festival da Juventude da Maia, também denominado por MaiaAct. Ao longo desta semana, esteve instalado no Parque Central da Maia durante o dia, um conjunto de áreas recreativas a que chamaram “Espaço Actimax”, com actividades como Bungee Jump, Touro Mecânico ou Matrecos Humanos. Pela noite, no Complexo de Ténis da Maia, houveram concertos de música de variados estilos, com algumas bandas de renome no panorama musical Nacional. De louvar a boa organização do evento. Muitos voluntários a ajudar, o espaço organizado, “comes e bebes” em abundância e um bom cartaz planeado.

No primeiro dia do Festival tocaram os “rockeiros” Wraygunn e a banda maiata “Dois Mil e Oito“. Este foi o único dia de festival que não tive oportunidade de assistir. Tive pena de não ter assistido principalmente aos primeiros pois são tidos como uma banda muito boa ao vivo; os segundos, não conheço.

O segundo dia de festival foi dedicado aos sons urbanos. Na primeira parte, actuaram uma série de conjuntos de dança, de onde se destacou na minha opinião o conjunto de “breakdancers”, Zoogang. Em seguida, actuaram os “hip-hoper’s” Dealema, que arrastaram consigo uma série de fãs dedicados. Não é um som que me identifique muito, mas gostei do concerto. A banda tem boas letras, muitas delas de cariz interventivo.

Os dois dias que se seguiram, foram dedicados a um concurso de bandas ( MaiaAct Garage Sessions 08 ) onde estava em “jogo” um prémio monetário de 1000 euros e a possibilidade de actuar na 1ª parte do concerto dos The Gift. Cada banda teve 4 músicas para mostrar o que de melhor conseguia fazer. Do concurso tenho de destacar a banda de uns amigos meus de infância, os Skeezos, que deram um bom concerto para as poucas pessoas que assistiam. Os Skeezos são uma banda, como os próprios assumem, com influências de bandas como os U2 ou os Pearl Jam, com um estilo predominantemente Pop/Rock. O ponto alto de “notoriedade” terá sido provavelmente a participação que tiveram no programa da RTP “Portugal no Coração”, que segue em seguida.

Do concurso, há que referir como é óbvio a banda vencedora, os originais “Sr.Acaso“, uma banda Rock com um estilo bastante “sui generis”. Ainda de referir as menções honrosas atribuídas ao grupo “hip-hop” maiato, Duplo Som e à banda Rock Reckless, banda com uma influência clara de Muse, que teve o privilégio de actuar posteriormente no mesmo dia que os Moonspell.

Para um próximo post, ficam os 4 últimos dias do festival.

Entretanto, não deixem de ler os outros dois “capítulos”:

Vladimir Grbic – Sidney 2000

Nos Jogos Olímpicos de Sydney 2000, o sérvio Vladimir Grbic no jogo contra a Rússia faz uma jogada incrível! Depois de conseguir recuperar uma bola fora do campo de jogo regressa repentinamente ao campo de jogo para blocar o ataque opositor!

“What a play!”

JO Beijiing – Natação, Estafetas 4×100 Livres Masculinos Final

Fez-se história na natação! Naquela que é já considerada por muitos, a mais espectacular prova de sempre.

A equipa Francesa havia prometido “esmagar” a equipa Americana. Logo desde início, os tempos foram espectaculares. Aos 100m, já o nadador Australiano batia o record mundial dos 100m livres! A meio da prova, a França comanda e até à passagem para os últimos 50 metros, Bernard, o nadador Francês, tem cerca de meio metro de diferença para o americano Lezak. Com um final incrível o americano ganha nas últimas braçadas!

Rescaldo: depois das 8 equipas da final terem conseguído nas meias-finais nadar a baixo do record do mundo estabelecido antes do Jogos, na final, 5 equipas nadaram abaixo do record estabelecido nas meias pelos EUA. O record mundial (estabelecido nos 3.08,24) foi pulverizado em cerca de 4 segundos (!)

Aventura ao volante

Bem, hoje tive a brilhante ideia de ir à praia num Domingo, em pleno Agosto! Mesmo fino que eu sou… No caminho para a praia, já se conseguía antever que o tempo não estava famoso.

Em pleno percurso para a praia de Labruge (quem conhece sabe o quão boas são as estradas de acesso), a fila para a praia era tão grande que decidi pegar no meu amigo Tom Tom, e ver alternativas para fugir da multidão o mais rápido possível. E assim foi. Estava perto de uma ruela à direita (Rua da Vinha, dizia o Tom Tom), que segundo ele, iria dar a uma estrada para fora da confusão. Anjinho, decidi seguir a sugestão.

Os primeiros metros da ruela, eram aceitáveis. Contudo, com o avançar, comecei a aperceber-me do “caminho de cabras” onde me tinha metido! Sempre na esperança que a ruela melhora-se (anjinho mais uma vez…), continuei mais uns metros, até chegar a um ponto em que o carro já nem sequer podia passar! O caminho, todo ele em pedra, estava agora impossível de passar. O terror instalou-se! Se o caminho, em marcha normal já tinha sido difícil, tinha agora de o fazer em marcha-a-trás!! Suores frios invadiram-me, mas como o carro não podia lá ficar, arregacei as mangas, pedi à minha “co-pilota” que saísse do carro e me orientasse e comecei a árdua tarefa.

O caminho era todo em pedra, com pedras de um lado e do outro (umas ponte agudas saídas para a ruela), sinuoso e bastante íngreme! Condições perfeitas para a condução (como é que eu não fui capaz de ver isso quando ali me meti….). Foram 30 minutos de terror! Ora chega à frente, ora destroce para um lado ora destroce para o outro, cuidado com a pedra ali cuidado com a pedra acolá… Enfim… Agora à distância, o saldo até foi positivo. Consegui sair da ruela sem qualquer amasso ou risco na chapa, só com uns pequenos riscos no retrovisor e no pára-lamas.

Conclusões:

  • O Tom Tom nem sempre é teu amigo.
  • “Caminhos de cabra” só têm tendência a piorar.
  • O ditado “Quem se mete em atalhos mete-se em trabalhos” tem a sua razão.
  • Ir à praia ao Domingo, em Agosto, não é boa ideia.

Para dar uma ideia melhor da situação, fica aqui uma imagem satélite do percurso.

Percurso na Viela da Vinha

Percurso na Viela da Vinha

A praia estava feita. Que belo dia de praia!

Concertos de Verão – Parte II

A 16 de Julho os Buraka Som Sistema deslocaram-se a Perafita, mais precisamente à Praia da Memória, para um concerto à borla que era promovido como sendo o primeiro concerto deles no Norte do país (quando toda a gente sabia que isso não era verdade…). O concerto correu bem, sendo que no entanto não esteve ao mesmo nível do concerto que deram no Rock In Rio. O público era menos numeroso, menos interventivo, mas o empenho da banda foi o mesmo apesar de tudo. O concerto não foi muito longo o que acaba por ser normal pois é uma banda como um reportório ainda reduzido. A mistura da electrónica com os ritmos africanos tem resultado bastante bem, o que é comprovado pelas inúmeras internacionalizações da banda.

Seguiu-se o Festival Marés Vivas no Cabedelo, Gaia. Quando chegamos ao recinto, já tocava o 2º artista da noite: Tricky. A abrir o palco principal tinham estado os Slimmy banda do hit “Show Girl”. Tricky, é um dos nomes mais sonantes da cena Trip-hop, com várias colaborações com bandas como os Massive Attack. O ambiente do concerto foi bastante intimista. Tricky canta todas as músicas com um sentimento muito grande, num tom algumas vezes agressivo, noutras calmo e muitas vezes alucinado (não estivesse ele todo o concerto a fumar uns “cigarros especiais”).

O concerto soube “assim-assim”. Fica a sensação que para curtir ao máximo um concerto de Tricky é preciso entrar no “mood” dele, o que nem sempre é fácil. Em várias músicas contou com a colaboração de uma bela cantora (que desconheço o nome) que trazia por vezes uma lufada de ar fresco à “escuridão” de Tricky.

Os próximos no cartaz foram os Da Weasel. Os Da Weasel deram um concerto muito diferente do que todos estamos habituados. Deixaram de lado alguns dos grandes sucessos e optaram por tocar várias músicas “raras”, dando preferência às músicas mais pesadas e enérgicas, como que a fazer o “warm-up” de Prodigy. Confesso que não sou grande fã de Da Weasel mas que gostei muito do concerto. Sentia-se que eles estavam mesmo a curtir tocar sendo que a empatia com o público foi grande. Uma das músicas que mais gostei de ouvir foi a cover que eles fizeram da música “Fight for your right” dos Beastie Boys, que segue em seguida.

Sentia-se que a maioria dos presentes estavam naquele dia no Festival para ver: The Prodigy. O próprio PacMan confessou estar ansioso pelo concerto. E o motivo não era para menos… Os 20/25 minutos que o material dos Prodigy demorou a ser montado, anteviam algo de assustador! Pelo recinto, viam-se vários placards a alertar para o cuidado com ataques epilépticos resultantes do concerto destes senhores! Eram luzes de toda a intensidade e feitio, num ambiente que metia respeito! Eu não sabia o que esperar do concerto…

O concerto começou. Loucura à solta! Da primeira à última música, foi o salve-se quem puder! O recinto entrou em ebulição à primeira música e nunca mais parou. Os primeiros 10/15 metros a partir das grades foram sem dúvida o epicentro da festa. “Take me to the hospital”, lia-se num dos portáteis da banda. Com os dois vocalistas sempre “a atirar achas para a fogueira”, o público correspondeu e contribui para a festa instalada. Houve tempo para tocarem todos os grandes êxitos, com destaque para “Smack my Bitch Up”, ou para “Out of Space” cantado em uníssono pela plateia.

Quando o concerto terminou, todos ficaram à espera de mais! O corpo já dava mostras de fadiga, mas a adrenalina era tanta, que todos estavam preparados para mais uma dose. Assistir a um concerto de Prodigy é melhor que é ir ao ginásio! Saí de lá estafado mas contente. Quero mais concertos assim! O meu concerto do ano para já.

O próximo capítulo dos “Concertos de Verão” será 100% dedicado aos concertos que vi no MaiaAct.

Não deixem de ler a primeira parte:

Concertos de Verão – Parte I

JO Beijiing 08-08-08 – Início

O evento mais aguardado do ano começou oficialmente hoje! Tal como se esperava, a cerimónia de abertura foi grandiosa!

Cerimónia de Abertura dos Jogos Olimpicos Pequim 2008

Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos Pequim 2008

Começando na contagem decrescente realizada através de “hologramas” humanos a que se seguiu uma coreografia com 2008 tocadores de tambores tradicionais chineses, passando pelas exibições de Feng Shui, pelo gigante Planeta Terra montado com uma série de imagens desportivas épicas projectadas, acompanhadas da coreografia dos figurantes e pela longa apresentação dos 11500 atletas distribuídos por 204 países representados, tudo aconteceu de forma organizada e bastante fluída, sendo quase nulos os tempos mortos. Até as bandeiras esvoaçaram sem que houvesse qualquer sinal do vento!
O espectáculo culminou com o momento mais esperado, no qual o Presidente Chinês declarou o início dos Jogos e a chama olímpica foi acesa, por um antigo ginasta chinês, que foi içado e que percorreu suspenso toda a parte superior do estádio olímpico, ao mesmo tempo que iam sendo apresentadas imagens do processo de construção do complexo olímpico e que rebentava por toda a cidade (em 29 pontos diferentes), um colorido fogo de artifício.

Acender da Tocha Olimpica de Pequim 2008

Acender da Tocha Olímpica de Pequim 2008

Até dia 24 Agosto, não faltam razões para estar “colado” à TV a ver o que se passa no Oriente. Começando pela Natação, onde se espera para ver se Phelps consegue as incríveis 8 medalhas de ouro a que se propõe para bater o record de Spitz (tem de nadar 21 provas só para chegar às 8 finais :|), passando pelas aspirações portuguesas, pela expectativa em ver a actuação da “Team USA” (equipa de basquetebol Americana), que finalmente percebeu que é preciso trazer os melhores atletas da NBA ou para ver a Selecção Brasileira de Voleibol já recuperou do choque que foi não vencer a Liga Mundial de Voleibol este ano (nem ao pódio chegou!).
Perspectiva-se que Portugal consiga a melhor participação de sempre nestes Jogos Olímpicos, com 4 medalhas e cerca de 60 pontos. Do atletismo, ao judo, passando pela esgrima, são várias as possibilidades de uma medalha, podendo sempre haver uma surpresa como a que aconteceu em Atenas com a prata do ciclista Sérgio Paulinho.
Aqui fica o programa de provas dos Jogos:

Programa de provas dos Jogos Olimpicos de Pequim

Programa de provas dos Jogos Olímpicos de Pequim

Concertos de Verão – Parte I

Este Verão em termos de concertos, foi muito bom! Consegui ver um grande número de bandas que gosto. Do grandioso Rock In Rio em Junho, ao recente MaiaAct passando pelo explosivo Marés Vivas, assisti a vários bons concertos.

Começando pelo Rock In Rio, apresento-vos o que lá vi.Fui no último dia do certame, dia 6 de Junho. Foram 62 euros de bilhete, muito bem empregues!Chegamos a meio da tarde, demos uma volta ao recinto, e paramos no palco Sunset.

Começou a actuar a banda “Brothers of Brazil“, uma mistura de Rock n’ roll com Bossanova, funk, quase sempre cantado em Inglês. Um som sem dúvida original. O duo apesar de competente, não conseguiu entusiasmar muito a plateia ,na sua maioria jovem, que (des)esperava pela aparição dos Buraka Som Sistema.

Terminado “Brothers of Brazil” vieram os aguardados “Buraka Som Sistema“. Buraka é festa, dança e boa disposição… Tal como dizem na música “Mesmo quem não gosta me escuta”, pois eles têm a capacidade de cativar o público mesmo os mais tímidos. O concerto foi bastante bom, o sol ainda brilhava e a poeira levantou com todo o pessoal em festa.

Ainda não havia terminado Buraka, fomos para o palco principal ver uma das minhas bandas preferidas: Kaiser Chiefs. Que concerto! Os Kaiser, principalmente o vocalista, entregam-se de corpo e alma ao concerto (às vezes até demais, como aconteceu em Paredes de Coura onde o vocalista torceu o pé logo nas primeiras músicas). Músicas como “Ruby”, “Everyday I Love Less and Less” ou “I predict a Riot”, levaram, o já bastante público presente ao rubro.

Seguiu-se o concerto dos Muse. Pelas t-shirts ostentadas pelo recinto, ficou a sensação de que esta foi a banda mais mobilizadora do dia. E chegado o concerto isso confirmou-se… A lotação do anfiteatro da Belavista tava completamente lotada! Os Muse já não tocavam ao vivo à algum tempo, e deram um excelente concerto, que pecou por ser algo curto e onde poderia ter havido maior interacção com o público (se bem que ouvir toda a gente a cantar várias músicas em uníssono, pode ser considerado interacção). Eu não conhecia a fundo a obra dos Muse, e até me senti algo desconfortável por ver que toda a gente à minha volta cantava todas as músicas de início ao fim. A componente cénica do espectáculo dos Muse, engrandece bastante a música deles. O vídeo projectado, as luzes e a música, jogaram em perfeita harmonia.

Seguiu-se a banda “Old School” da noite: os Offspring. A expectativa era grande, mas no meio de tantos bons concertos, este foi provavelmente o mais fraco (apesar de ter curtido muito na mesma). Fica a ideia que a energia da banda já não é a mesma, e, na minha opinião o alinhamento foi algo discutível, passando várias músicas desconhecidas do grande público. Mas como Offspring é uma banda marcante para o pessoal da minha geração (nascidos nos 80’s), músicas como “Pretty Fly for a white guy” ou “Kids Ain’t Allright”, foram ouvidas no expoente da loucura!

Para finalizar a noite, vieram os Linkin Park. Fiquei algo surpreso por ver que houve uma certa “debandada” no final de Offspring, sendo que se conseguiu ver Linkin Park, sem grandes “apertos”, ao contrário do que tinha acontecido nos espectáculos anteriores. A banda deu um concerto de grande nível… Quer se goste ou não, é inquestionável a competência dos músicos, e a grande vontade demonstrada por eles em agradar ao público. Foi provavelmente a banda que mais interagiu com o público. Foi também o maior concerto da noite, com 20 música tocadas! Se dúvidas houvessem quanto à qualidade da voz do vocalista Chester ficaram dissipadas… ele tem mesmo um vozeirão!

Bem, para já é tudo, neste post que já vai longo… Em próximos posts, vou apresentar os restantes concertos que vi.

Leonel Marshall – A Besta

Quando for grande, quero saltar como ele!

Antiga estrela da selecção de voleibol de Cuba, este jogador consegue saltar nada mais nada menos que 1.30m na vertical, sendo que mede quase 2m. Joga actualmente no MRoma Volley, depois de ter brilhado na principal divisão italiana no Piacenza. A que altura é que ele atacará a bola…?