Semana em Grande em Budapeste

O dia não convidava a grandes passeios. Frio, vento e chuva! Eu, Ricardo e Diogo embarcamos pouco depois do meio dia rumo à capital Hungara onde nos esperava o meu amigo Zé a estudar este semestre nesta cidade. Durante a viagem, fomos tidos duas vezes como Romenos (!) e uma como espanhois. Ficam muito admirados por ver tugas por estes lados. As viagens de comboio são feitas em cabines de 6 lugares para os que se “avispam” e de pé para os restantes. Zilina-Budapeste e vice-versa ficou por 35 euros.

Bem, como os episódios são muitos, vou dividir o post pelos dias da semana:

2ª-feira:

Chegamos a Budapeste por volta das 19:30 em Keleti Pu com um tempo bastante agreste e malas às costas. O Zé estava lá à nossa espera e compramos por sugestão dele o passe semanal (cerca de 20 euros), o que se veio a revelar uma excelente compra. Era tempo de arrumar as bagagens em casa do Zé. Apartamento nos subúrbios de Budapeste, saída em Arpad Hid. Lar tipicamente de estudante: pequeno, um pouco desarrumado e atafulhado. Cama de solteiro para 3 e Zé a dormir numa cama de criança. Bem aconchegante!

Depois de arrumar as coisas, saímos para o centro de Budapeste, com a chuva a bater. Jantamos num restaurante um Goulash, comida típica húngara, mistura de sopa da pedra com jardineira, pulvilhado com Paprika e com pimento MUITO picante à mistura.

Jantar 2ª Feira

Jantar 2ª Feira

A seguir tivemos a primeira das muitas saídas nocturnas em Budapeste. O Bar/Disco “Morrisons I” foi a escolha. Conhecemos lá muito pessoal tuga, americano e espanhol. Para aquecer tivemos a testar os dotes vocais no Karaoke e depois passamos para a pista de dança. A noite acabou já depois das 3 com o pessoal animado.

Morrisons I

"Morrisons I"

3ª-feira:

O Zé entrou às 8 da matina (coitado do rapaz…), nós dormimos até às 11 e encontramo-nos com ele às 12 perto da faculdade. Almoçamos na cantina, uma comida muito diferente da portuguesa. Refeição por cerca de 2.5 euros. Comemos uma 1ª sopa de massa e feijão e uma 2ª “sopa” estranha com lentilhas num caldo branco com 2 croquetes.

Depois de almoço fomos visitar a zona histórica de Buda (Budapeste surgiu da junção de duas cidades Buda e Peste em cada uma das margens do rio Danúbio). Visitamos os Banhos Gellert, os mais famosos da cidade, subimos à colina em frente ao rio, um longo e árduo caminho de subida, estátuas e vista fabulosa sobre a cidade. Depois visitamos o castelo de Buda e algumas Igrejas. Uma delas era a pagar, mas nós entramos “sem querer” inseridos num grupo de turista. “Payed as a portuguese” diria o Italiano Iacopuci. Depois disto descemos para o rio e demos uma volta pela marginal.

Topo da colina em Buda

Topo da colina em Buda

Fomos jantar a um restaurante chinês (sem o Zé que teve uma reunião do BEST) e seguimos depois de algum tempo para um Bar de nome “Irish Cat Pub”. Foi difícil encontrar o bar, que até era perto da estação. Começou-se hoje a falar no “City Rally” que iria ter lugar no Sábado. O Diogo ficou logo na altura destacado para uma equipa. Calhou em sorte uma equipa cheia de Americanas.

Reencontramo-nos com o Zé às 23:00h para ir a uma reunião MUITO estranha. O Zé foi convidado pela buddy para uma reunião de uma competição da faculdade para o qual ele foi convidado a integrar o grupo. Ninguém percebeu bem que tipo de competição se tratava. Tratava-se de um grupo totalmente hungaro cheio de personagens estranhas. À porta, havia uma “feira de sapatos”. Pelo que fiquei a perceber, é costume quande entra em casa, descalçar os sapatos. Não interessa se é convidade ou não. Os participantes só falavam húngaro (língua esquisita!) e como não haviam mais lugares livres, nós tugas ficamos arrumados a uma canto no chão a rir-nos daquela reunião surreal enquanto passava uma garrafa de Palinka, bebida típica húngara. O apartamento era pior que um “aido de porcos” tal era a desarrumação.

Depois de sairmos deste “filme”, fomos a um Bar Reggae. O bar situava-se num sítio “obscuro”, no topo de um edifício abandonado. Lá encontramos uma maluca hungara a meter-se a connosco e um hungaro falante de Português (o pai havia sido embaixador em Lisboa).

Bar Reggae

Bar Reggae

4ª-feira:

O cansaço era muito e por isso a manha foi para dormir! Almoçamos em casa uns belos bifes com arroz e batata frita! Um manjar tendo em conta que aqui os pratos pecam em carne.

O Zé teve aulas de tarde e por isso nós decidimos ir dar uma volta na zona do parlamento. Depois tivemos uma passagem por um café com bastante “pinta” que fazia lembra o “nosso” Majestic. Era confortável, selecto e não excessivamente caro. Reencontramo-nos mais tarde com o Zé e acabamos por jantar em casa umas pizzas.

Depois do jantar, fomos a casa de um pessoal de Lisboa, ver o FCP começar a Champions em grande.

FCP - Fenerbach

FCP - Fenerbach

Terminado o jogo seguimos para a Disco “School Club” para uma festa de Economia. O espaço era grande, bem decorado e com 2 áreas distintas: karaoke e pista de dança. Nota positiva para o facto de os elementos femininos estarem em maioria! A noite foi muito animada, com várias histórias para contar. Como aconteceu quase todas as noites, a partir das 4/5 da manha só os tugas e os espanhois animavam o espaço! Sempre os últimos a abandonar o barco!

O episódio mais “cómico” da noite ainda estava para vir. O Ricardo teve um acesso de loucura e decidiu separar-se de nós durante o caminho para casa. Conclusão: como não sabia a paragem de metro da casa do Zé, apareceu de manha à porta de casa, depois de uma noite a conhecer o metro de Budapeste! Segundo ele experimentou todas as paragens até reconhecer a paragem certa. Foi recebido pelo Kuni (colega de apartamento do Zé) que, num ar de perfeita normalidade, “apenas” estranhou o facto do Ricardo estar a beber uma cerveja sem álcool. A explicação foi o facto desta ter sido oferecida…

5ª-feira:

Manha novamente para dormir… Almoçamos umas sandes e seguimos para mais um “cityseeing”. Desta vez o passeio foi curto. Fomos ao Museu Nacional e áreas circundantes.

Jantamos em casa uma espécie de bolonhesa preparada por mim e pelo Diogo e seguimos depois para casa de um pessoal da FEUP, o Marco e a Inês, que nos acolheram para vermos o Benfica perder frente aos Napolitanos.

No fim do jogo fomos ao “Morrisons II”, a maior discoteca que estivemos em Budapeste. Enorme, completamente lotada e com múltiplos espaços distintos: discoteca, bar, sala de jogos, karaoke, área ao ar livre e espaço para música transe. Alguns elementos tiveram uns primeiros 10 minutos “à Benfica”. Como as outras discos, por volta das 2/3 da manha o ambiente cai a pique. Saímos por volta das 4.

Morrisons II

"Morrisons II"

6ª-feira:

Acordamos “cedo”, 10 horas. Fomos dar um passeio pela Ilha Margarida (situada no meio do Danúbio, entre as margens de Buda e Peste), onde tivemos oportunidade de ouvir Bocelli ao ar livre acompanhado por repuchos de uma fonte (“private story” do pessoal cá de Zilina). Almoçamos num Centro Comercial, e tivemos depois uma longa cavaqueira para avaliar o ponto de situação.

Caminho para a Ilha Margarida

Caminho para a Ilha Margarida

Depois, demos um passeio pelo mercado da cidade, pelo parlamento e pelo parque da cidade.

Jantamos em casa uns “cordon-blue” congelados e seguimos depois para umas Termas Nocturnas. Fomos às termas “Rudas”, situadas à beira Rio. Fomos lá recebidos pela Mikolt do BEST Budapeste, que tinha visita da misteriosa e surpreendente Zani da Letónia, de um espanhol de Granada e de um Iraniano a estudar em Gotenburg na Suécia. A nós juntaram-se ainda nos banhos os portugueses Marco e Inês e o Ricardo BEST Lisboa.

O complexo oferece 6 piscinas de diferentes temperaturas, desde água gelada a água muito quente, banhos turcos, saunas e uma piscina de natação. Ficamos de molho entre as 11 da noite e as 4 da manha! Pelo meio, eu e o Ricardo tivemos direito a massagens das nossas amigas Mikolt e Zani. Esta última, uma autêntica especialista no assunto…

À saída, aconteceu uma situação infeliz ao Zé e ao Diogo. Foram roubados os telemóveis de ambos e algum dinheiro que estavam guardados nas cabines trancadas! Chamou-se a polícia e vieram dois polícias GIGANTES, que metiam respeito a qualquer bandido! Tomaram conta da ocorrência e chamaram depois a brigada “CSI” para tirar fotos e impressões digitais (!). Conclusão: queixa feita, saímos das termas por volta das 7 da manha!

Sábado:

3 horas de sono, tempo para banho, almoço rápido e saída para o ponto de partida do City Rally, uma espécie de “peddy-paper” organizado pela ESN Budapeste.

A minha equipa era: eu, Ricardo Paulo, Zé, Nádia de Lisboa, Anton da Rússia/Canadá, Lúcia de Madrid e Kasimir da Holanda. O Diogo ficou noutra equipa com americanos e um espanhol. Eramos o grupo número 1, num total de 10 equipas em “competição”. Às 13:45 começou a prova.

Equipa do Rally Paper

Equipa do Rally Paper

Tinhamos 6 pontos de passagem obrigatória com provas em cada ponto, com horários estabelecidos e uma espécie de tarefas tais como trocar um chupa-chupa por alguma coisa e ir sucessivamente efectuando mais trocas com os transeundes, ou encontrar a pessoa mais velha de Budapeste ou vestir roupa típica húngara ou decifrar uma placa em Braille, etc, etc. Pelo meio tinhamos alguns “drinking games” para animar a malta e algumas provas engraçadas como por exemplo fecharmo-nos os 7 numa cabine telefónica ou arrebentar balões simulando “o amor”. Ao longo da prova tinhamos o dever de tirar fotos originais e divertidas, a parte mais animada da tarde.

Los gringos

Los "gringos"

Depois de me ter “casado” com uma espanhola, ter feito a “lua de mel”, termos tirado uma foto com uns noivos recém saídos da Igreja, ainda tivemos a Nádia a “casar-se” com um transeunde! Muito casamento…

Encontramos um velhote de 92 anos, muito bem conservado e a falar Inglês! Um achado autêntico!

Velhote de 92 anos

Velhote de 92 anos

Depois de uma tarde recheada de excelentes momentos, terminamos o Rally-Paper por volta das 19 e seguimos com o resto da malta para o restaurante “Don Leone”. Eramos cerca de 100 ERASMUS no restaurante, pessoal um pouco de todo o mundo. Depois do jantar foram passadas as fotos de todos os grupos, com as nossas a fazer furor! A vitória na “competição” sorriu a equipa Ibérica.

A próxima paragem foi num bar ao ar livre, “Simplex”. Bebemos um copo e prosseguimos a noite na disco “Si Vous Plais”. Entretanto já com a companhia do pessoal que tinhamos conhecido 6a nas termas, o ambiente na disco foi maioritariamente de ERASMUS. A noite acabou por volta das 4, com as “pilhas” completamente em baixo, depois de uma noite mal dormida e de um dia cansativo!

Si vous plais

"Si vous plais"

Foram 6 dias fantásticos que passaram num abrir e fechar de olhos. Uma cidade esplenderosa, pessoal porreiro, muita muita festa e um desejo de lá regressar.

Obrigado Zé por nos teres dados abrigo e aturado nestes dias! Vemo-nos em Zilina!

Visita à Kia Motors e Fim do EILC

Ultimamente o ritmo de actualização tem decrescido. Desde que cá chegamos ainda só houve 1 dia em que não acordamos antes das 8/9! Por causa disso, algum cançasso acumulou-se ultimamente.

Bem, esta semana tem sido bastante preenchida. Na passada 3ª feira fomos jantar ao nosso “tasco” favorito, o Flinstons, e, por acidente, “caímos” numa festa de anos. A aniversariante, Patricia, amiga do nosso anfitrião Maros, decidiu celebrar o seu aniversário no restaurante/bar com amigos, e nós acabamos por passar lá com eles a noite a beber uns pivos, slivovicas, burovicas e a comer uns chocolates que ela nos ofereceu. Todo o pessoal falava inglês e era tudo gente porreira.

Ontem de manha, fizemos o exame final do nosso curso de eslovaco. O exame consistia numa série de exercícios diferentes tais como responder a perguntas em eslovaco, completar frases, traduzir frases de inglês para eslovaco ou conjugar verbos. Para nós portugueses, italiano e francesa o nível era razoável mas para os nossos amigos Polacos, a tarefa revelou-se bem mais fácil dada a semelhança do eslovaco com a sua língua.

Foto da Turma do EILC

Foto da Turma do EILC

Pela tarde, fomos visitar uma das maiores fábricas europeias de produção de automóveis, a Kia Motors de Zilina. Situada na periferia de Zilina, com as montanhas de fundo, a central de produção, estima produzir este ano cerca de 240000 carros! Não sou grande apaixonado pelo mundo automóvel, mas não pude deixar de ficar pasmado com a espectacularidade do processo de fabrico de carros da fábrica. Passamos por várias zonas de produção distintas, da produção de peças à “assemblagem”, pelo que conseguimos ver a produção de um carro desde o momento em que só há “chapa” por trabalhar até ao momento em que os empregados ligam o carro e o estacionam na zona de arrumação. É incrível ver o tamanho, a habilidade e a precisão das máquinas da fábrica, responsáveis pela quase totalidade da produção dos carros. A acção humana pareceu totalmente residual. Fotos no interior foram proibidas (prevenir espionagem industrial…).

Kia Motors Zilina

Kia Motors Zilina

À noite tivemos um jantar ao estilo de despedida da Gosia e da Charline que acabado o curso vão agora estudar para Banska Bystrica (outra cidade eslovaca).

Hoje o dia começou bastante cedo (como habitualmente…). Às 8:30 da manha, eu e o Ricardo fomos pela primeira vez falar com o tutor do nosso curso. Um professor já com alguma idade, bom falante de inglês e de trato simples. A conversa foi rápida pois este tinha uma reunião. Foram nos apresentados dois dos professores que nos vão leccionar cadeiras este semestre, discutimos superficialmente os conteúdos das cadeiras, formas de avaliação e combinamos a próxima reunião com estes, para assim darmos inicio às aulas propriamente ditas.

Depois da passagem pela faculdade fomos para a nossa última aula de eslovaco, onde recebemos e estivemos a corrigir o teste que fizemos na véspera. À tarde, decorreu a cerimónia de encerramento do curso num dos edifícios da Universidade de Zilina. Foi nos entregue o diploma do Curso (curso que vale 4 ECTS) e foi nos oferecido um pequeno lanche.

Findo o lanche, fomos ter com a Patricia e com o Maros, que nos convidaram para vermos um jogo de Hóquei no Gelo do Zilina. Vitória do Zilina por 2-1 frente aos Orange 20.

Zilina vs Orange 20

Jogo de Hóquei no Gelo: Zilina vs Orange 20

No fim do jogo fomos jantar a uma pizzaria próxima da Arena (muita comida italiana se tem comida por estes lados!) e depois de uns pivos e alguma conversa regressamos ao Hostel.

Amanha, nova visita, novamente a um Castelo, o Castelo de Stretno.

Dobru Noc!

Orava Castle e Krakow

O fim de semana que passou foi cansativo mas ao mesmo tempo recheado de bons momentos. Sábado, bem cedo já estávamos todos acordados e prontos para sair rumo a Orava, onde fomos visitar um dos muitos Castelos espalhados pela Eslováquia. Parte da comitiva foi no carro da Gosia (not Gousha like I have written before :P) e os restantes foram com as profs de comboio e autocarro. Passado hora e meia de viagem, encontramo-nos todos em Orava. O Castelo é bastante imponente, e tem um aspecto bastante diferente dos Castelos que estamos habituados a ver por exemplo em Portugal.

Orava Castle

Orava Castle

O Castelo fica situado no cimo de uma colina sendo que do seu topo se tem uma bela vista sobre a região. Para lá chegarmos percorremos qualquer coisa como 300 e tal degraus, sempre acompanhados por um guia que nos orientou na visita. Passamos por várias das divisões do Castelo e na parte final visitamos uma exposição sobre a cultura eslovaca e outra sobre a fauna e flora do país.

Topo do Orava Castle

Topo do Orava Castle

Terminada a visita, fomos almoçar a um restaurante próximo do castelo. Muitos de nós comeram um prato típico eslovaco feito com pequenos “gnochi’s” (massa feita a partir de batata), misturados com queijo de ovelha e uma espécie de torresmos. Não adorei, mas passei bem com a refeição, ao contrário da maioria do pessoal que não gostou nada da escolha. Após a refeição, todos comemos o “zmrzlinu” da praxe. Depois uns seguiram para Zilina de carro e outros foram de comboio.

Chegamos a Zilina a meio da tarde, descansamos um pouco e seguimos por volta das 6 horas para Cracóvia na Polónia, em dois carros: um Skoda alugado e o Fiat Fire da Gosia. Eu estava à espera de uma viagem de cerca de 2:30min (a distância entre Zilina e Cracóvia são 174 km), contudo, estava bem enganado… As estradas, principalmente na Polónia, são muito más! Segundo dizem os nossos amigos Polacos é assim em todo o país. Nota-se que há muita estrada a ser construída, mas as actuais são muito más. Assim, passadas cerca de 4 horas de uma viagem muito esgotante, chegamos finalmente a Cracóvia, por volta das 10:15 da noite.

A chegada à cidade foi assinalada com fogo de artíficio. Celebrava-se um acontecimento importante da Polónia, uma batalha vencida no século 17 frente ao Império Otomano. Logo à chegada à cidade, percebemos que tinhamos acabado de chegar a uma grande metrópole. Como diria o Renato “Isto já é uma cidade com algum jeito…”.

A primeira coisa que fizemos foi instalar-nos no Hostel que os Polacos nos aconselharam, que ficava situado a cerca de 10 minutos a pé do centro da cidade. Ficamos numa camarata de 12 camas, num edifício não muito novo. Pagamos cerca de 7 euros pela noite, pelo que não esteve mal a relação qualidade-preço.

Hostel em Krakow

Hostel em Krakow

Após nos instalarmos no Hostel, fomos para o centro da cidade. Aquela hora (11 e tal) foi impossível encontrar um restaurante decente para se jantar. Acabamos por almoçar numa pizzaria, onde não comemos lá grande coisa, e onde já pagamos preços ao estilo de Portugal. Depois do jantar fomos à praça principal da cidade beber uns copos. Parte do grupo ainda foi a um bar enquanto que os outros, esgotados, recolheram ao Hostel.

A manha seguinte começou cedo. Por volta das 9 horas estavamos a sair do Hostel rumo ao centro. Chegados ao centro paramos para um pequeno-almoço na praça principal da cidade e depois seguimos para um “city-seeing” guiado pelos Polacos. Cracóvia é uma cidade recheada de grandes edifícios antigos, muito bem conservados e com uma arquitectura bastante interessante. É uma cidade bastante limpa e aparentemente segura, com bastante diversidade cultural. Após 2 semanas em Zilina já não estavamos habituados a ver pessoal “estrangeiro”. Da praça principal da cidade, seguimos em direcção ao Castelo da cidade, passando pelo meio por uma série de Igrejas e edifícios antigos da cidade.

Uma das praças de Cracóvia

Uma das praças de Cracóvia

O símbolo da cidade é um Dragão, e o rio que a banha é o rio Wisla. Talvez por o símbolo da cidade ser um Dragão, encontramos numa loja vários cachecois do FCP à venda.

Cachecol do FCP à venda em Krakow

Cachecol do FCP à venda em Krakow

Dragão de Cracóvia

Dragão de Cracóvia

Por volta da 1:30min da tarde, já estávamos, infelizmente, a caminho de Zilina. O carro alugado tinha de ser entregue às 6 da tarde em Zilina. A visita a Cracóvia foi boa, mas soube a pouco… Talvez haja uma próxima visita quem sabe…

A viagem foi feita em ritmo de “passeio”. Paramos pelo meio numa bomba de gasolina para comer “junk food” , o nosso almoço de Domingo :S e continuamos viagem. Pelo caminho tivemos um Pawel bastante animado, depois de se meter fortemente com a pivaria (you know what I mean…) e um Italiano a cantar Andrea Bocelli. Chegamos ao stand de aluguer com as 6 horas a badalar.

Depois da entrega, parte do grupo foi para o Hostel e outra parte foi jantar. Depois desta maratona, todos estavamos rebentados, pelo que o dia acabou cedo.

Estão disponíveis fotos na minha galeria Picasa:

Fotos de Orava

Fotos de Krakow

Zilina: Preview do Fim de Semana

Os últimos dias têm sido mais “calmos”. O pessoal começa a estabecer certas rotinas e já não tem havido tantas saídas em conjunto. Ontem fui conhecer a Faculdade onde vou estudar. Estava deserta visto as aulas só começarem dia 22 de Setembro. Como é normal, as recepcionistas e funcionárias cá, não falam Inglês, o que safou foi encontrarmos um colega eslovaco a falar inglês que nos indicou o Professor que devemos contactar para esclarecer dúvidas.

Faculdade de Informática e Gestão de Zilina

Faculdade de Informática e Gestão de Zilina

À noite fomos ao centro comer um zmrzlinu (gelado) e beber uns pivos. Hoje, nova sessão de eslovaco, algum descanso pela tarde e futebolada ao final da tarde.

Este fim-de-semana, vai ser bem preenchido! Amanha de manha vamos a uma cidade vizinha, Orava, visitar um dos castelos mais importantes da Eslováquia. Voltamos a meio da tarde, e preparamo-nos para ao final da tarde saírmos para a histórica cidade Polaca de Cracóvia (onde hoje esteve o nosso Presidente da República, depois de uma passagem por Bratislava), onde vamos passar a noite de Sábado e o dia de Domingo. Os nossos amigos Polacos vão ser importantes guias e tradutores na visita à cidade que eles muito admiram.

Bem, o post fica por aqui que amanha às 7 horas à que acordar! Mais tarde falarei sobre este fim-de-semana que promete!

Dobru Noc!

Zilina: As “Borlas”

Ontem tal como estava combinado, fomos ver um jogo de hóquei no gelo do Zilina. Para mim, para o Ricardo, Pawel e Gousha, foi o baptismo no que a este desporto diz respeito. Tratava-se de uma amigável contra uma equipa Checa, Trinec, pelo que assistimos ao jogo à “borla”. Estariam cerca de 300 pessoas a assistir ao jogo, numa arena que tem capacidade para cerca de 4/5 mil. O facto de o jogo ser às 17h não ajudou à adesão do público. Já havia assistido a jogos de Hóquei em patins e encontrei algumas semelhanças entre os dois desportos (como é óbvio…). As principais diferenças estão na velocidade a que o jogo é praticado, muito mais dinâmico que o Hóquei em Patins e na maior agressividade demonstrada em jogo. Contudo, estava à espera das cenas de pugilato que se costuma assistir nos jogos da NHL (melhor liga do mundo de Hóquei no Gelo), mas tal não aconteceu. Talvez por ser um amigável, os jogadores demonstraram sempre muita calma e fair-play.

Zilina vs Trinec

Jogo de Hóquei no Gelo: Zilina vs Trinec

Após o jogo, fomos jantar a um restaurante perto do centro. Depois do filme habitual para comunicar com os locais, lá conseguimos pedir o que queriamos e a comida nem estava má. Pelo caminho passamos por restaurante de nome “Porto”, situado perto da estação de comboios. Ainda fomos lá ver o que se tratava mas estava fechado para férias. Havemos de lá voltar…

Restauracia Porto

Restauracia Porto

Depois, foi tempo de ir ao Hostel e nos prepararmos para sair. Tal como a semana passada, fomos a uma discoteca cá de Zilina, ao que sabemos a única aberta à terça-feira, o “Uh La La”. As expectativas eram grandes pois a semana passada a noite foi altamente, mas ontem, não esteve ao mesmo nível. Logo quando chegamos tivemos duas abordagens “estranhas” por parte de dois “armários” lá da discoteca. Não percebemos bem o que diziam, mas ficamos de “pé atrás”. O espólio musical da discoteca é bastante limitado, sendo normal ouvir 3 e 4 vezes a mesma música em 2/3 horas. Dá para animar a malta de qualquer forma! Saímos por volta das 2h depois do Ricardo ter passado por situações “embaraçosas”.

Hoje, novas aulas de Eslovaco. Entretanto já conhecemos mais uma professora, a quarta. Ao contrário das outras que têm idade para ser nossas mães, esta tem idade para ser… nossa irmã. É professora de Inglês e Eslovaco cá na Universidade, sendo que evita ao máximo falar o Inglês para tentar “puxar” por nós, sendo que por vezes assistimos a situações algo “embaraçosas” dada a precariedade do nosso Eslovaco.

Depois da aula, eu, o Pawel e a Gousha fomos à piscina enquanto que o resto ficou a repousar no Hostel. Continuando na senda das “borlas”, depois de ao almoço ter almoçado na cantina de “graça” por falta de compreensão por parte das funcionárias (que chatiçe!), tivemos mais uma “borla” na piscina (descobrimos a entrada “mitra”!). O dia esteve espectacular (28º  de céu limpo!), pelo que souberam muito bem os banhos e aproveitar o Sol radiante!

Piscinas em Zilina

Piscinas em Zilina

O Bellini voltou a cozinhar para a malta, massa como da outra vez. Hoje não houve saída…

Dobrú Noc!

Zilina: Os Extraterrestres

Sábado à noite foi dia de Benfica – Porto. Tendo em conta a forma em que os vermelhos se apresentaram, o resultado agradou bem mais aos Benfiquistas do que aos Portistas. Com algum esforço, lá fomos acompanhando o jogo pela internet. À falta de melhor na 2ª parte vimos o jogo directamente de Portugal através da webcam do MaD colada à TV lá de casa.

Depois do jogo, a hora já era tardia para o fuso horário de cá. Contudo, como era Sábado à noite, eu, o Ricardo, a Gousha e o Pawel, fomos ao centro da cidade. Paramos num barzito de cocktails, Club 54, bebemos uma bebida e fomos para outra paragem. À saída aconteceu uma situação caricata. Estavamos a perguntar a um grupo de raparigas onde ficava um bar que nos tinham recomendado, aliás, a tentar perguntar, pois não falavam inglês, quando apareçe uma outra que falava Inglês. Essa tal que falava inglês perguntou-me de onde é que eu era e quando disse que era Português, saltou para cima de mim completamente eufórica! Nós aqui nesta terra, sentimo-nos várias vezes como uns “extra-terrestres”, tão diferentes que somos dos locais. Somos apenas 11 Erasmus nesta altura cá e não há qualquer vestígio de pessoal estrangeiro. Tem sido engraçado sentirmo-nos “diferentes” aqui!

Nas ruas do centro, por volta da uma da manha, num Sábado à noite, o movimento não era muito. Viam-se esporadicamente alguns grupos de rapazes fortemente alcoolizados, a agirem tipo gorilas descontrolados. Ainda passamos por uma discoteca cá de Zilina, mas o movimento não era muito, acabamos por regressar ao Hostel por volta das 2.

Entretanto, já deveriamos ter o carro que tinhamos “combinado” alugado. Contudo, a combinação “às cegas” que fizemos, não funcionou e acabamos por não ter carro para Domingo. Assim, aproveitamos pela primeira vez desde cá estamos, para dormir até tarde. Eram cerca de 3 horas quando chegamos ao maior Shopping cá de Zilina, o MaX, onde almoçamos. No final alguns de nós foram dar uma volta ao centro da cidade, enquanto outros regressaram ao Hostel. No centro, paramos por um bar cá do sítio que gostamos bastante, Cinema, onde se bebe um Latté de grande nível.

Regressamos ao Hostel já ao final da tarde, fomos jogar um futebolzito e depois jantamos. Depois do jantar ainda fomos a um barzito aqui perto mas o ambiente tava muito calminho pelo que não ficamos lá muito tempo.

Hoje de manha tivemos novo “madrugar”. Às 7 da manha já todos se preparavam para sair. Fomos visitar a uma vila próxima, Rajecka Lesna, bastante rural e característica, uma espécie de “cascata de S.João”, construída por um escultor Eslovaco, que nela representa várias activadades típicas eslovacas e alguns dos monumentos mais importantes do país.

Slovak Bethlehem em Rajecka Lesna

Slovak Bethlehem em Rajecka Lesna

Após a visita, fomos de autocarro no caminho para Zilina, tendo parado em Rajecke Teplice (onde eramos para ter ido ontem) onde almoçamos. Esta é uma zona termal, com lagos, hotéis e spa’s.

Entrada de um dos complexos termais de Rajecke Teplica

Entrada de um dos complexos termais de Rajecke Teplica

O regresso a Zilina foi feito num Comboio local. Mais uma caminhada de meia hora e chegamos ao Hostel.

Dovidenia!