Semana em Grande em Budapeste

O dia não convidava a grandes passeios. Frio, vento e chuva! Eu, Ricardo e Diogo embarcamos pouco depois do meio dia rumo à capital Hungara onde nos esperava o meu amigo Zé a estudar este semestre nesta cidade. Durante a viagem, fomos tidos duas vezes como Romenos (!) e uma como espanhois. Ficam muito admirados por ver tugas por estes lados. As viagens de comboio são feitas em cabines de 6 lugares para os que se “avispam” e de pé para os restantes. Zilina-Budapeste e vice-versa ficou por 35 euros.

Bem, como os episódios são muitos, vou dividir o post pelos dias da semana:

2ª-feira:

Chegamos a Budapeste por volta das 19:30 em Keleti Pu com um tempo bastante agreste e malas às costas. O Zé estava lá à nossa espera e compramos por sugestão dele o passe semanal (cerca de 20 euros), o que se veio a revelar uma excelente compra. Era tempo de arrumar as bagagens em casa do Zé. Apartamento nos subúrbios de Budapeste, saída em Arpad Hid. Lar tipicamente de estudante: pequeno, um pouco desarrumado e atafulhado. Cama de solteiro para 3 e Zé a dormir numa cama de criança. Bem aconchegante!

Depois de arrumar as coisas, saímos para o centro de Budapeste, com a chuva a bater. Jantamos num restaurante um Goulash, comida típica húngara, mistura de sopa da pedra com jardineira, pulvilhado com Paprika e com pimento MUITO picante à mistura.

Jantar 2ª Feira

Jantar 2ª Feira

A seguir tivemos a primeira das muitas saídas nocturnas em Budapeste. O Bar/Disco “Morrisons I” foi a escolha. Conhecemos lá muito pessoal tuga, americano e espanhol. Para aquecer tivemos a testar os dotes vocais no Karaoke e depois passamos para a pista de dança. A noite acabou já depois das 3 com o pessoal animado.

Morrisons I

"Morrisons I"

3ª-feira:

O Zé entrou às 8 da matina (coitado do rapaz…), nós dormimos até às 11 e encontramo-nos com ele às 12 perto da faculdade. Almoçamos na cantina, uma comida muito diferente da portuguesa. Refeição por cerca de 2.5 euros. Comemos uma 1ª sopa de massa e feijão e uma 2ª “sopa” estranha com lentilhas num caldo branco com 2 croquetes.

Depois de almoço fomos visitar a zona histórica de Buda (Budapeste surgiu da junção de duas cidades Buda e Peste em cada uma das margens do rio Danúbio). Visitamos os Banhos Gellert, os mais famosos da cidade, subimos à colina em frente ao rio, um longo e árduo caminho de subida, estátuas e vista fabulosa sobre a cidade. Depois visitamos o castelo de Buda e algumas Igrejas. Uma delas era a pagar, mas nós entramos “sem querer” inseridos num grupo de turista. “Payed as a portuguese” diria o Italiano Iacopuci. Depois disto descemos para o rio e demos uma volta pela marginal.

Topo da colina em Buda

Topo da colina em Buda

Fomos jantar a um restaurante chinês (sem o Zé que teve uma reunião do BEST) e seguimos depois de algum tempo para um Bar de nome “Irish Cat Pub”. Foi difícil encontrar o bar, que até era perto da estação. Começou-se hoje a falar no “City Rally” que iria ter lugar no Sábado. O Diogo ficou logo na altura destacado para uma equipa. Calhou em sorte uma equipa cheia de Americanas.

Reencontramo-nos com o Zé às 23:00h para ir a uma reunião MUITO estranha. O Zé foi convidado pela buddy para uma reunião de uma competição da faculdade para o qual ele foi convidado a integrar o grupo. Ninguém percebeu bem que tipo de competição se tratava. Tratava-se de um grupo totalmente hungaro cheio de personagens estranhas. À porta, havia uma “feira de sapatos”. Pelo que fiquei a perceber, é costume quande entra em casa, descalçar os sapatos. Não interessa se é convidade ou não. Os participantes só falavam húngaro (língua esquisita!) e como não haviam mais lugares livres, nós tugas ficamos arrumados a uma canto no chão a rir-nos daquela reunião surreal enquanto passava uma garrafa de Palinka, bebida típica húngara. O apartamento era pior que um “aido de porcos” tal era a desarrumação.

Depois de sairmos deste “filme”, fomos a um Bar Reggae. O bar situava-se num sítio “obscuro”, no topo de um edifício abandonado. Lá encontramos uma maluca hungara a meter-se a connosco e um hungaro falante de Português (o pai havia sido embaixador em Lisboa).

Bar Reggae

Bar Reggae

4ª-feira:

O cansaço era muito e por isso a manha foi para dormir! Almoçamos em casa uns belos bifes com arroz e batata frita! Um manjar tendo em conta que aqui os pratos pecam em carne.

O Zé teve aulas de tarde e por isso nós decidimos ir dar uma volta na zona do parlamento. Depois tivemos uma passagem por um café com bastante “pinta” que fazia lembra o “nosso” Majestic. Era confortável, selecto e não excessivamente caro. Reencontramo-nos mais tarde com o Zé e acabamos por jantar em casa umas pizzas.

Depois do jantar, fomos a casa de um pessoal de Lisboa, ver o FCP começar a Champions em grande.

FCP - Fenerbach

FCP - Fenerbach

Terminado o jogo seguimos para a Disco “School Club” para uma festa de Economia. O espaço era grande, bem decorado e com 2 áreas distintas: karaoke e pista de dança. Nota positiva para o facto de os elementos femininos estarem em maioria! A noite foi muito animada, com várias histórias para contar. Como aconteceu quase todas as noites, a partir das 4/5 da manha só os tugas e os espanhois animavam o espaço! Sempre os últimos a abandonar o barco!

O episódio mais “cómico” da noite ainda estava para vir. O Ricardo teve um acesso de loucura e decidiu separar-se de nós durante o caminho para casa. Conclusão: como não sabia a paragem de metro da casa do Zé, apareceu de manha à porta de casa, depois de uma noite a conhecer o metro de Budapeste! Segundo ele experimentou todas as paragens até reconhecer a paragem certa. Foi recebido pelo Kuni (colega de apartamento do Zé) que, num ar de perfeita normalidade, “apenas” estranhou o facto do Ricardo estar a beber uma cerveja sem álcool. A explicação foi o facto desta ter sido oferecida…

5ª-feira:

Manha novamente para dormir… Almoçamos umas sandes e seguimos para mais um “cityseeing”. Desta vez o passeio foi curto. Fomos ao Museu Nacional e áreas circundantes.

Jantamos em casa uma espécie de bolonhesa preparada por mim e pelo Diogo e seguimos depois para casa de um pessoal da FEUP, o Marco e a Inês, que nos acolheram para vermos o Benfica perder frente aos Napolitanos.

No fim do jogo fomos ao “Morrisons II”, a maior discoteca que estivemos em Budapeste. Enorme, completamente lotada e com múltiplos espaços distintos: discoteca, bar, sala de jogos, karaoke, área ao ar livre e espaço para música transe. Alguns elementos tiveram uns primeiros 10 minutos “à Benfica”. Como as outras discos, por volta das 2/3 da manha o ambiente cai a pique. Saímos por volta das 4.

Morrisons II

"Morrisons II"

6ª-feira:

Acordamos “cedo”, 10 horas. Fomos dar um passeio pela Ilha Margarida (situada no meio do Danúbio, entre as margens de Buda e Peste), onde tivemos oportunidade de ouvir Bocelli ao ar livre acompanhado por repuchos de uma fonte (“private story” do pessoal cá de Zilina). Almoçamos num Centro Comercial, e tivemos depois uma longa cavaqueira para avaliar o ponto de situação.

Caminho para a Ilha Margarida

Caminho para a Ilha Margarida

Depois, demos um passeio pelo mercado da cidade, pelo parlamento e pelo parque da cidade.

Jantamos em casa uns “cordon-blue” congelados e seguimos depois para umas Termas Nocturnas. Fomos às termas “Rudas”, situadas à beira Rio. Fomos lá recebidos pela Mikolt do BEST Budapeste, que tinha visita da misteriosa e surpreendente Zani da Letónia, de um espanhol de Granada e de um Iraniano a estudar em Gotenburg na Suécia. A nós juntaram-se ainda nos banhos os portugueses Marco e Inês e o Ricardo BEST Lisboa.

O complexo oferece 6 piscinas de diferentes temperaturas, desde água gelada a água muito quente, banhos turcos, saunas e uma piscina de natação. Ficamos de molho entre as 11 da noite e as 4 da manha! Pelo meio, eu e o Ricardo tivemos direito a massagens das nossas amigas Mikolt e Zani. Esta última, uma autêntica especialista no assunto…

À saída, aconteceu uma situação infeliz ao Zé e ao Diogo. Foram roubados os telemóveis de ambos e algum dinheiro que estavam guardados nas cabines trancadas! Chamou-se a polícia e vieram dois polícias GIGANTES, que metiam respeito a qualquer bandido! Tomaram conta da ocorrência e chamaram depois a brigada “CSI” para tirar fotos e impressões digitais (!). Conclusão: queixa feita, saímos das termas por volta das 7 da manha!

Sábado:

3 horas de sono, tempo para banho, almoço rápido e saída para o ponto de partida do City Rally, uma espécie de “peddy-paper” organizado pela ESN Budapeste.

A minha equipa era: eu, Ricardo Paulo, Zé, Nádia de Lisboa, Anton da Rússia/Canadá, Lúcia de Madrid e Kasimir da Holanda. O Diogo ficou noutra equipa com americanos e um espanhol. Eramos o grupo número 1, num total de 10 equipas em “competição”. Às 13:45 começou a prova.

Equipa do Rally Paper

Equipa do Rally Paper

Tinhamos 6 pontos de passagem obrigatória com provas em cada ponto, com horários estabelecidos e uma espécie de tarefas tais como trocar um chupa-chupa por alguma coisa e ir sucessivamente efectuando mais trocas com os transeundes, ou encontrar a pessoa mais velha de Budapeste ou vestir roupa típica húngara ou decifrar uma placa em Braille, etc, etc. Pelo meio tinhamos alguns “drinking games” para animar a malta e algumas provas engraçadas como por exemplo fecharmo-nos os 7 numa cabine telefónica ou arrebentar balões simulando “o amor”. Ao longo da prova tinhamos o dever de tirar fotos originais e divertidas, a parte mais animada da tarde.

Los gringos

Los "gringos"

Depois de me ter “casado” com uma espanhola, ter feito a “lua de mel”, termos tirado uma foto com uns noivos recém saídos da Igreja, ainda tivemos a Nádia a “casar-se” com um transeunde! Muito casamento…

Encontramos um velhote de 92 anos, muito bem conservado e a falar Inglês! Um achado autêntico!

Velhote de 92 anos

Velhote de 92 anos

Depois de uma tarde recheada de excelentes momentos, terminamos o Rally-Paper por volta das 19 e seguimos com o resto da malta para o restaurante “Don Leone”. Eramos cerca de 100 ERASMUS no restaurante, pessoal um pouco de todo o mundo. Depois do jantar foram passadas as fotos de todos os grupos, com as nossas a fazer furor! A vitória na “competição” sorriu a equipa Ibérica.

A próxima paragem foi num bar ao ar livre, “Simplex”. Bebemos um copo e prosseguimos a noite na disco “Si Vous Plais”. Entretanto já com a companhia do pessoal que tinhamos conhecido 6a nas termas, o ambiente na disco foi maioritariamente de ERASMUS. A noite acabou por volta das 4, com as “pilhas” completamente em baixo, depois de uma noite mal dormida e de um dia cansativo!

Si vous plais

"Si vous plais"

Foram 6 dias fantásticos que passaram num abrir e fechar de olhos. Uma cidade esplenderosa, pessoal porreiro, muita muita festa e um desejo de lá regressar.

Obrigado Zé por nos teres dados abrigo e aturado nestes dias! Vemo-nos em Zilina!

3 Respostas

  1. grande semana.. mas keru ouvir falar e ver mais fotos de gajas… só uma ou outra n pode ser :P:P

    // vai continuando a postar… que eu qdo posso lá vou lendo os posts 😛

  2. Oh yeah xD

  3. depois de ires a budapeste, nunca mais foste o mesmo 😛

    a vida de casado é fdda 😛 já nem há posts novos, nem nada 😛

    abraços

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