Concertos de Verão – Parte I

Este Verão em termos de concertos, foi muito bom! Consegui ver um grande número de bandas que gosto. Do grandioso Rock In Rio em Junho, ao recente MaiaAct passando pelo explosivo Marés Vivas, assisti a vários bons concertos.

Começando pelo Rock In Rio, apresento-vos o que lá vi.Fui no último dia do certame, dia 6 de Junho. Foram 62 euros de bilhete, muito bem empregues!Chegamos a meio da tarde, demos uma volta ao recinto, e paramos no palco Sunset.

Começou a actuar a banda “Brothers of Brazil“, uma mistura de Rock n’ roll com Bossanova, funk, quase sempre cantado em Inglês. Um som sem dúvida original. O duo apesar de competente, não conseguiu entusiasmar muito a plateia ,na sua maioria jovem, que (des)esperava pela aparição dos Buraka Som Sistema.

Terminado “Brothers of Brazil” vieram os aguardados “Buraka Som Sistema“. Buraka é festa, dança e boa disposição… Tal como dizem na música “Mesmo quem não gosta me escuta”, pois eles têm a capacidade de cativar o público mesmo os mais tímidos. O concerto foi bastante bom, o sol ainda brilhava e a poeira levantou com todo o pessoal em festa.

Ainda não havia terminado Buraka, fomos para o palco principal ver uma das minhas bandas preferidas: Kaiser Chiefs. Que concerto! Os Kaiser, principalmente o vocalista, entregam-se de corpo e alma ao concerto (às vezes até demais, como aconteceu em Paredes de Coura onde o vocalista torceu o pé logo nas primeiras músicas). Músicas como “Ruby”, “Everyday I Love Less and Less” ou “I predict a Riot”, levaram, o já bastante público presente ao rubro.

Seguiu-se o concerto dos Muse. Pelas t-shirts ostentadas pelo recinto, ficou a sensação de que esta foi a banda mais mobilizadora do dia. E chegado o concerto isso confirmou-se… A lotação do anfiteatro da Belavista tava completamente lotada! Os Muse já não tocavam ao vivo à algum tempo, e deram um excelente concerto, que pecou por ser algo curto e onde poderia ter havido maior interacção com o público (se bem que ouvir toda a gente a cantar várias músicas em uníssono, pode ser considerado interacção). Eu não conhecia a fundo a obra dos Muse, e até me senti algo desconfortável por ver que toda a gente à minha volta cantava todas as músicas de início ao fim. A componente cénica do espectáculo dos Muse, engrandece bastante a música deles. O vídeo projectado, as luzes e a música, jogaram em perfeita harmonia.

Seguiu-se a banda “Old School” da noite: os Offspring. A expectativa era grande, mas no meio de tantos bons concertos, este foi provavelmente o mais fraco (apesar de ter curtido muito na mesma). Fica a ideia que a energia da banda já não é a mesma, e, na minha opinião o alinhamento foi algo discutível, passando várias músicas desconhecidas do grande público. Mas como Offspring é uma banda marcante para o pessoal da minha geração (nascidos nos 80’s), músicas como “Pretty Fly for a white guy” ou “Kids Ain’t Allright”, foram ouvidas no expoente da loucura!

Para finalizar a noite, vieram os Linkin Park. Fiquei algo surpreso por ver que houve uma certa “debandada” no final de Offspring, sendo que se conseguiu ver Linkin Park, sem grandes “apertos”, ao contrário do que tinha acontecido nos espectáculos anteriores. A banda deu um concerto de grande nível… Quer se goste ou não, é inquestionável a competência dos músicos, e a grande vontade demonstrada por eles em agradar ao público. Foi provavelmente a banda que mais interagiu com o público. Foi também o maior concerto da noite, com 20 música tocadas! Se dúvidas houvessem quanto à qualidade da voz do vocalista Chester ficaram dissipadas… ele tem mesmo um vozeirão!

Bem, para já é tudo, neste post que já vai longo… Em próximos posts, vou apresentar os restantes concertos que vi.