Eslováquia – 1º Dia

Depois de vários meses de expectativa, heis que chegou o tão aguardado dia. Feitas as despedidas da família, começou a viagem que nos havia de levar a mim e ao meu comparsa de viagem Ricardo, para Lisboa. A viagem correu com tranquilidade.

Lisboa, antes da partida

Lisboa, antes da partida

O ar contente e feliz da foto, desapareceu por momentos, quanto fomos fazer o “check-in”. Tínhamos respectivamente eu 20kg de bagagem a mais e o Ricardo 9kg. Como nunca tinhamos antes feito uma viagem em que fosse precisa tanta bagagem, e porque tínhamos reservado espaço para 2 malas, pensávamos que tinhamos direito aos 20kg de peso limite, por cada bagagem encomendada: ERRADO! O limite é 20kg por pessoa. O que se pode é pagar volume (malas) não peso… Ao que parece é igual na maioria das low-cost. Os nossos companheiros Erasmus (Mad e Archer), tiveram problema igual na Clickair. Fica o aviso para quem tiver de fazer uma viagem do género. Conclusão: 160 euros para o excesso de bagagem… Um bom começo sem dúvida! Bem, como não havia volta a dar, o clima pesado que se instalou quando tivemos de pagar este balúrdio, desapareceu assim que descolámos rumo a Viena. Falta dizer que o pessoal do nosso vôo era surreal! Eramos dos pouquíssimos portugueses a bordo. A maioria do pessoal no voo, não devia tomar banho há vários dias, tal era o aspecto descuidado que apresentavam.

Em Viena, esperamos umas horas no aeroporto pelo transfer que nos havia de levar para Bratislava. Logo aí, tivemos contacto com a excentricidade das pessoas desta zona Central da Europa. É interessante observar a variedade de estilos do pessoal e ver o aspecto desmazelado de muitas das pessoas. Agora percebo melhor a imagem dos americanos nos filmes, quando caricaturam os europeus… Vimos por exemplo um grupo a chegar ao terminal de partidas de limusine, vestidos de cor-de-rosa, de apitos na boca (não eram dourados :P) e a fazer alto estardalhaço.

Pessoal a chegar de limusina e t-shirts rosa ao aeroporto

Pessoal a chegar de limusina e t-shirts rosa ao aeroporto

Depois de cerca de 50 minutos de autocarro, chegamos finalmente, ao início da tarde, a Bratislava. A primeira impressão quando chegamos à cidade, não foi das melhores… A zona onde saímos tinha um aspecto “manhoso”, e ainda mais manhoso nos pareceu a pequena viagem de táxi que fizemos entre a paragem e o hostel. O percurso tinha o aspecto do Leste que estávamos habituados a ver à uns anos, ou seja, edifícios cinzentos, trânsito desorganizado e carros a pedir reforma. Quando chegamos ao hostel, ficamos ainda mais admirados com o Hostel que tínhamos reservado. Um edifício enorme e velho, com os quartos bastante pirosos, cheios de poeira e a tresandar a velho, mas com um pormenor bom: internet grátis e secretárias para os portáteis.

Depois de deixarmos as bagagens nos quartos, fomos até ao centro da cidade onde nos encontramos com duas alunas “BEST” (Board for European Student of Technology) aqui de Bratislava, que havíamos conhecido por “mail”. Estivemos num bar típico Eslovaco onde tivemos oportunidade de experimentar a cerveja que se bebe por cá (bastante boa, por sinal), e uma bebida própria de cá (Kovola), parecida com coca-cola, mas feita à base de ervas (recomendado). Experimentamos ainda uma sopa típica de cá, feita à base de cebola, e servida dentro de um pão tipo alentejano, que soube muito bem!

As primeiras más impressões com que tínhamos ficado quando chegamos à cidade, desapareceram completamente logo neste primeiro contacto com a cidade propriamente dita. A cidade não é muito grande, é pacata, repleta de estátuas, algumas igrejas e um trem que atravessa toda a parte histórica. Os turistas que se vêem são poucos, e pouca gente fala inglês, principalmente as pessoas mais velhas. As pessoas com quem falamos mostraram-se bastante simples e hospitaleiras. Podemos confirmar ainda as indicações que nos tinham dado sobre a beleza feminina da Eslováquia. É espantosa a quantidade de mulheres bonitas que se vêem nas ruas!

Uma das muitas estátuas espalhadas pela cidade

Uma das muitas estátuas espalhadas pela cidade

Depois de nos despedirmos das anfitriãs eslovacas que nos acompanharam no Bar, seguimos, ao final da tarde, para a zona do Castelo, monumento mais emblemático de Bratislava. A vista sobre o Danúbio é espectacular, e toda a zona envolvente do Castelo vale a pena visitar.

Foto com o Castelo em fundo

Foto com o Castelo em fundo

Chegamos ao hostel por volta das 21. Parte da comitiva tuga, ficou-se pelos quartos e já nem jantar foi. Estávamos todos estafados pois a noite anterior foi de pouco sono graças às viagens para cá chegar. Eu e o Ricardo ainda fomos a um restaurante cheio de pinta, numa esplanada, com música ao vivo, com um prato enorme à base de massa e com uma apresentação toda janota, juntamente com 2 cervejas XL, tendo pago no final cerca de 8 euros cada… Nada mau!

O cansaço era muito e por isso o dia ficou por aqui. Próximos capítulos brevemente…

3 Respostas

  1. Boas,

    Tou a ver que já estão ambientados à cidade, mas o Ricardo tá desanimado com a falta de saidas à noite lol.

    Desfrutem ao máximo 😉

    Abraço!

    Miguel

  2. Acho que posso confirmar tudo o que o Luís disse, adicionando que a desorganização em Viena é bem superior há que existe em Lisboa, isso posso garantir-vos, pelo menos no aeroporto. Aí existe todo o tipo de excentricidade, sendo que a única apresentada – os gajos do apito – foi a única de que obtivemos foto, por achar-mos que não conduziria a uma acção negativa por parte dos intervenientes. De facto naquelas 4 horas que estivemos no aeroporto a fazer lembrar as de Madrid há uns meses atrás, deram para ver, por exemplo:

    – Vários gajos com meias e sandálias (parece ser vulgar por cá – já tinha percebido isso em Portugal, por parte de estrangeiros – no entanto comentei com as gajas do BEST cá do sítio e também acho isso estúpido. O tema surgiu porque ela está com ideias de ir estudar para Coimbra para o ano e eu indiquei-lhe isso como um dos costumes do sítio a evitar, sob pena de ser motivo de vários olhares. Claro que também lhe disse que isso poderia ser devido ao facto de ela ser gira, mas ela não teve reacção.

    – Em Vienna também vimos um bigode estilo portugal do século XIX, mas uma foto poderia trazer complicações.

    – Parecia também ser útil ter os óculos no canto do nariz estilo DB, estando sempre a empurrar para trás de forma a não cairem.

    – Um metaleiro em que era difícil encontrar pele (tatuagem).

    – Entre muitas outras (mesmo) cujo sono nos impede de recordar – a viagem foi durante a noite e eu como não ia muito confortável, bebi 2 cafés – excelentes, a companhia só apresentou isso de bom!

    Já em Bratislava encontra-mos:

    – No local em que jantámos hoje com uma música super agradável, mesmo ao meu estilo, encontrá-mos um empregado super bem vestido!!!!! mas com sandálias e as fiéis meias!!!

    O estilo “cidade de leste” que o Luís falou é verdade, no entanto até achei isso pitoresco, especialmente quando constatei que alguns comboios (na realidade é o que chama-mos metro) circulam sem luz interior, mesmo em túneis sem iluminação.
    A língua também me soa super-pitoresca.

    Há…. Já sabem o que eu costumo dizer a este respeito: “Nem tudo o que as pessoas dizem sobre os outros países é verdade, ainda mais quando se fala de mulheres”, mas neste caso tenho mesmo que dizê-lo, sem qualquer margem para dúvidas, as mulheres aqui apresentam qualidade muito superior, mesmo nos locais mais simples. Hoje, por exemplo (o meu hoje é um dia depois do do Luís), fui atendido por 2 espécimes, um na livraria e outro no restaurante que fariam corar de inveja qualquer uma das vossas namoradas – perdoem-me!

  3. hehe… é assim mesmo…

    Luís, essa bebida Kovola é à base de ervas? Space Coca-Cola xD
    Estou a ver que já te habituaste à gastronomia daí 😛

    Ricardo, só tenho uma palavra para ti… FOTOS!!! Onde é que as há?
    Nem precisava de olhar para o nome do autor do comentário para saber que era teu… mas que grande testamento xD

    Divirtam-se e façam estragos,

    Abraços para os 4,
    Richardson

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