O Regresso I – Viagens, Voleibol, Vadiagem e… algum estudo

A pedido de muitas famílias, estou a escrever um novo post no meu caríssimo, ultimamente esquecido Blog. Já não escrevo aqui à mais de 1 mês! Tendo em conta a frequência com que escrevia, foi uma queda abrupta, é verdade. Infelizmente é um problema de muitos bloguer’s.

Ultimamente, rendi-me aos “encantos” do Facebook. Qual Hi5 qual quê. Facebook é que é! O pessoal Erasmus aderiu em força ao Facebook pelo que é muito fácil estar a par de tudo o que vai acontecendo com os amigos espalhados pela Europa, ficar a par de novos eventos e manter contacto com novo pessoal que se vai conhecedno. O diário do que tenho vivido nos últimos meses, está lá representado na forma de fotos, comentários, eventos e tal.

Desde a última vez que aqui escrevi, muitas horas de comboio (muitas mesmo!), muita festa e muita gente eu conheci. Depois da passagem do pessoal de Budapeste aqui por Zilina, já nos reencontramos outra vez.

Foi na semana passada que embarcamos numa viagem espectacular! De Zilina partimos para Budapeste onde passamos 2 dias. De Budapeste fomos para Zagreb e de Zagreb para Liubliana. Cinco dias, 4 países diferentes (Eslováquia, Hungria, Croácia, Eslovénia), 4 moedas diferentes, 4 línguas diferentes!

Passeio nocturno por Budapest

Budapeste já não me surpreendeu (fiquei apaixonado pela cidade na primeira vez que lá estive), a grande boa novidade foi Zagreb. Adorei a cidade! Apesar das primeiras horas que lá estive a ter visto à chuva, fiquei impressionado com a Vida que se sente na cidade, com as ruas bem tratadas, com a simpatia das pessoas, o Inglês bastante aceitável da maioria (quem me dera que assim fosse aqui na Eslováquia…), com a forma impecável como as pessoas se apresentavam bem vestidas e arranjadas, com as ruas cheias de tendas a vender comidas e bebidas típicas, artesanato… É uma cidade que vale a pena espreitar! Em Zagreb, um novo mito surgiu: Ricardo – o Sete. Perguntem-lhe porquê…

Pub em Zagreb

Pub em Zagreb

Pela conversa que tive com um croata no caminho para Liubliana, fiquei com a impressão que a realidade no resto do país é bem diferente da que encontramos em Zagreb. Há alguma relutância em relação à entrada na zona Euro e os salários são em geral baixos.

Liubliana também tem o seu encanto, especialmente à noite. A vista à noite na zona ribeirinha da cidade, junto às “Três Pontes”, com o Castelo de fundo e as ruas cheias de esplanadas, é digno de um retrato! A disposição das luzes nessa zona está feita de forma sublime, o que cria uma atmosfera altamente. É uma cidade pequena, ao nível de Bratislava, bastante sossegada e com um centro de cidade bastante cuidado e bonito.

A comitiva de Liubliana

A comitiva de Liubliana

A viagem correu às mil maravilhas, sendo que o único ponto negativo foi o Maurício cá de Zilina, ter ficado sem a mochila. Para viajar nesta zona da Europa é preciso ter algum cuidado com a bagagem. Um sono prolongado pode levar a alguma coisa roubada.

Antes desta “trip”, já haviamos estado em Praga. Organizamos um mega-grupo cá de Zilina, e fomos todos passar 3 dias a Praga. Ficamos num Hostel muito bom, no centro da cidade, a 5 minutos da estação, na rua dos Cabarets. A rua com mais chulos e “putaria” que eu alguma vez vi na vida!
Sobre Praga, já muito foi dito. A cidade é toda ela um autêntico museu. As praças, o Castelo, as Igrejas, os concertos, o bairro judeu, a Casa Dançante, as chouriças que se vendem nas ruas, são as imagens que ficam da cidade.

Ontem tive mais uma ida à República Checa. Fui com a equipa de Voleibol da Universidade a Olomouc. Saí de Zilina às 5:30 da manha! Foi 1 saída grandiosa! Pela primeira vez na vida vi neve a cair! Espectacular… Para Olomouc fui de carro. A paisagem durante a viagem era fantástica! Vilas, montes, tudo moldado a um branco perfeito! Nas estradas, havia limpa neves e vários camiões estavam parados sem poder avançar. A neve não se esperava que chegasse ontem.

A primeira neve a cair

A primeira neve a cair

O torneio de voleibol teve um nível muito bom. Fiquei surpreendido com a qualidade das equipas presentes. Havia vários jogadores de bom nível e todas as equipas apresentavam excelente entrosamento. O torneio era de equipas mistas, ou seja, todas as equipas eram obrigadas a ter no mínimo 2 raparigas no 6 de jogo. Os jogos não correram de feição, mas tudo o resto foi excelente! Após os jogos fomos ao centro de Olomouc (cidade muito interessante…) e regressamos a Zilina de comboio, numa viagem muito animada.

A equipa de Voleibol do Zilina

A equipa de Voleibol do Zilina

Chegados a Zilina fomos a um pub um bocado “underground” cá de Zilina. Nunca lá tinha estado, mas passou-se lá um tempo muito porreiro a beber uns pivos, umas tequillas e a jogar matrecos e setas. Saímos do pub já bastante animados. Eu tinha em mente regressar ao hostel, mas fui incapaz… Insistiram tanto comigo que acabei por ir a uma disco no centro da cidade. Quarta-feira à noite em Zilina, ninguém sai à rua, ou seja, aquele era o único sítio aberto e esteve completamente por nossa conta! A música estava boa e o rácio homens/mulheres estava ainda melhor… Passei uma noite bastante animada com as amigas do volei 😛

Pub em Zilina depois de Olomouc

Pub em Zilina depois de Olomouc

Aqui em Zilina a festa passa iremediavelmente sempre pelos mesmos sítios: Club 54 (sábado), Uh La La (terça), Miami (sexta), Plan B (sexta) e Kozel (terça). Desde que cá estou apesar da animação nocturna não ser o prato forte de Zilina, já passei por cá vários bons momentos.

Os estudos estão “controlados”. Acabei terça feira uma cadeira (Multimédia) e acabo outra até Domingo (Sistemas de Informação). Até Dezembro ficam todas despachadas excepto 2 que tenho exame em Janeiro.

Muito fica por contar, mas como um mês é difícil de resumir, não me vou alongar mais. Dêem um salto ao meu Facebook para ficarem a saber mais sobre as minhas peripécias.

TODO LIST:

“Actualizar o Blog” – CHECK

Início das aulas, Slovak Paradise e as mudanças

Já passou mais de uma semana desde que regressamos à Eslováquia. A cidade está muito diferente. Se antes tínhamos a residência por “nossa conta”, agora está praticamente lotada. Nas ruas vê-se mais gente e nos super-mercados já se tem de esperar para pagar. Aqui na residência à noite à sempre barulho com fartura. Os eslovacos bebem bastante e depois só lhes dá para a animalidade. É vê-los ou aos urros estridentes ou aos pontapés a caixotes do lixo ou simplesmente a vaguear pela residência. E ainda por cima têm todos um mau aspecto que Deus me livre!

Mudamos hoje para o nosso quarto definitivo (finalmente!). O barulho é muito (os trabalhos ainda decorrem) e a poeira anda no ar.

As aulas já decorrem. Em todas as disciplinas já temos qualquer coisa que fazer. Já ficou claro que, apesar de não termos a carga horária e de trabalho na FEUP, o trabalho aqui também vai ser algum. Vou fazer cá 6 disciplinas (mais uma na FEUP) pelo que fora das “borgas” vou ter o tempo bem preenchido… As aulas são praticamente individuais (sou eu e o meu colega Ricardo), mas curiosamente assemelham-se para já muito às aulas “normais”. Sendo só dois as atenções sobre nós são maiores o que dá menos lugar a “baldas”.

No último fim-de-semana fomos a uma zona montanhosa cá na Eslováquia, na cidade de Spiska Nova Ves, denominada “Slovak Paradise”. Esta zona montanhosa é especialmente famosa pelas quedas de água e pelas espectaculares ravinas. Saímos de manha cedo (mesmo cedo, apanhamos o comboio das 6:30 da manha) e chegamos a Spiska 2:30 depois. A cidade era pequena e pouco interessante e nela vive uma imensa comunidade cigana. Fomos recebidos por um Eslovaco local, Miki, que nos levou ao Hostel onde pernoitamos Sábado. Lá já estavam duas espanholas, Cristina e Toia, a trabalhar em Nitra e que nos acompanharam neste fim de semana. Apanhamos um autocarro que nos levou perto do início da caminhada. Começamos a caminhada por volta das 11 da manha. Estava planeado caminharmos durante 6 horas (!).

A caminhada no paraiso

A caminhada no "paraíso"

A ideia era fazer um percurso a passar por alguns dos pontos mais importantes da zona e terminarmos a caminhada às 17 numa paragem de autocarro que nos levaria de novo a Spiska. Acontece que o ritmo da caminhada não foi o melhor. Ou seja, depois de horas e horas a caminhar, e a comer o que havíamos comprado num super-mercado, percebemos que não tínhamos hipótese de chegar à estação de autocarros à hora planeada. Os planos tiveram por isso de ser alterados, e acabamos por não ver uma série de sítios dignos de se visitar e fomos mesmo obrigados a andar por caminhos que já havíamos percorrido. Conclusão: depois de horas e horas de caminhada quase sem paragens, por trilhos bastante inclinados, escorregadios e às vezes perigosos, chegamos por volta das 18:30 a uma saída alternativa da montanha, que desembocava num bairro com muito mau aspecto, situado próximo de uma estação de comboio.

Slovak Paradise

Slovak Paradise

O comboio levou-nos de volta a Spiska onde fomos jantar logo em seguida. Estavamos muito cansados, sujos e famintos. Jantamos num restaurante com alguma pinta para a cidade em que estávamos. A maioria do pessoal aproveitou para acabar com a barriga de misérias e comer um prato cheio de diferentes carnes. Eu fiquei-me por um prato típico de cá, Pirohi, uma espécie de uns rissóis “crús” com um queijo dentro. No final do jantar regressamos ao Hostel. Alguns ficaram pelo hostel (eu incluído) e outros foram sair. Contam eles que valeu a pena…

No dia seguinte, acordamos a meio da manha e apanhamos um autocarro que nos levou ao “Chateau Markusovce”. Lá visitamos uma exposição sobre mobília da realeza e instrumentos musicais. Fizemos a visita à pressa, regressamos a Spiska e apanhamos o Comboio de volta a Zilina.

Nesta semana que passou, fomos treinar com a selecção de futsal cá da Universidade. Era o primeiro treino da época e eramos mais de 30! O treino foi basicamente jogo. A nossa equipa era 100% internacional: três portugueses (eu, Mad e Renato), um janonês (Hiro), um chinês (Peng) e um espanhol (Raúl). Ganhamos um dos jogos e perdemos outro.

Já treinei 2 vezes na selecção de voleibol. No último treino eramos 17. Há vários jogadores altos (à volta do 1.90 e alguns mais), e alguns bons jogadores. A maioria tecnicamente deixa algo a desejar. Na próxima semana vai haver um torneio. Vamos ver se vou ter oportunidade de me estrear…

Neste momento temos cá visitas em Zilina. Algum pessoal de Budapeste veio cá visitar-nos! Num próximo post conto as peripécias!

Semana em Grande em Budapeste

O dia não convidava a grandes passeios. Frio, vento e chuva! Eu, Ricardo e Diogo embarcamos pouco depois do meio dia rumo à capital Hungara onde nos esperava o meu amigo Zé a estudar este semestre nesta cidade. Durante a viagem, fomos tidos duas vezes como Romenos (!) e uma como espanhois. Ficam muito admirados por ver tugas por estes lados. As viagens de comboio são feitas em cabines de 6 lugares para os que se “avispam” e de pé para os restantes. Zilina-Budapeste e vice-versa ficou por 35 euros.

Bem, como os episódios são muitos, vou dividir o post pelos dias da semana:

2ª-feira:

Chegamos a Budapeste por volta das 19:30 em Keleti Pu com um tempo bastante agreste e malas às costas. O Zé estava lá à nossa espera e compramos por sugestão dele o passe semanal (cerca de 20 euros), o que se veio a revelar uma excelente compra. Era tempo de arrumar as bagagens em casa do Zé. Apartamento nos subúrbios de Budapeste, saída em Arpad Hid. Lar tipicamente de estudante: pequeno, um pouco desarrumado e atafulhado. Cama de solteiro para 3 e Zé a dormir numa cama de criança. Bem aconchegante!

Depois de arrumar as coisas, saímos para o centro de Budapeste, com a chuva a bater. Jantamos num restaurante um Goulash, comida típica húngara, mistura de sopa da pedra com jardineira, pulvilhado com Paprika e com pimento MUITO picante à mistura.

Jantar 2ª Feira

Jantar 2ª Feira

A seguir tivemos a primeira das muitas saídas nocturnas em Budapeste. O Bar/Disco “Morrisons I” foi a escolha. Conhecemos lá muito pessoal tuga, americano e espanhol. Para aquecer tivemos a testar os dotes vocais no Karaoke e depois passamos para a pista de dança. A noite acabou já depois das 3 com o pessoal animado.

Morrisons I

"Morrisons I"

3ª-feira:

O Zé entrou às 8 da matina (coitado do rapaz…), nós dormimos até às 11 e encontramo-nos com ele às 12 perto da faculdade. Almoçamos na cantina, uma comida muito diferente da portuguesa. Refeição por cerca de 2.5 euros. Comemos uma 1ª sopa de massa e feijão e uma 2ª “sopa” estranha com lentilhas num caldo branco com 2 croquetes.

Depois de almoço fomos visitar a zona histórica de Buda (Budapeste surgiu da junção de duas cidades Buda e Peste em cada uma das margens do rio Danúbio). Visitamos os Banhos Gellert, os mais famosos da cidade, subimos à colina em frente ao rio, um longo e árduo caminho de subida, estátuas e vista fabulosa sobre a cidade. Depois visitamos o castelo de Buda e algumas Igrejas. Uma delas era a pagar, mas nós entramos “sem querer” inseridos num grupo de turista. “Payed as a portuguese” diria o Italiano Iacopuci. Depois disto descemos para o rio e demos uma volta pela marginal.

Topo da colina em Buda

Topo da colina em Buda

Fomos jantar a um restaurante chinês (sem o Zé que teve uma reunião do BEST) e seguimos depois de algum tempo para um Bar de nome “Irish Cat Pub”. Foi difícil encontrar o bar, que até era perto da estação. Começou-se hoje a falar no “City Rally” que iria ter lugar no Sábado. O Diogo ficou logo na altura destacado para uma equipa. Calhou em sorte uma equipa cheia de Americanas.

Reencontramo-nos com o Zé às 23:00h para ir a uma reunião MUITO estranha. O Zé foi convidado pela buddy para uma reunião de uma competição da faculdade para o qual ele foi convidado a integrar o grupo. Ninguém percebeu bem que tipo de competição se tratava. Tratava-se de um grupo totalmente hungaro cheio de personagens estranhas. À porta, havia uma “feira de sapatos”. Pelo que fiquei a perceber, é costume quande entra em casa, descalçar os sapatos. Não interessa se é convidade ou não. Os participantes só falavam húngaro (língua esquisita!) e como não haviam mais lugares livres, nós tugas ficamos arrumados a uma canto no chão a rir-nos daquela reunião surreal enquanto passava uma garrafa de Palinka, bebida típica húngara. O apartamento era pior que um “aido de porcos” tal era a desarrumação.

Depois de sairmos deste “filme”, fomos a um Bar Reggae. O bar situava-se num sítio “obscuro”, no topo de um edifício abandonado. Lá encontramos uma maluca hungara a meter-se a connosco e um hungaro falante de Português (o pai havia sido embaixador em Lisboa).

Bar Reggae

Bar Reggae

4ª-feira:

O cansaço era muito e por isso a manha foi para dormir! Almoçamos em casa uns belos bifes com arroz e batata frita! Um manjar tendo em conta que aqui os pratos pecam em carne.

O Zé teve aulas de tarde e por isso nós decidimos ir dar uma volta na zona do parlamento. Depois tivemos uma passagem por um café com bastante “pinta” que fazia lembra o “nosso” Majestic. Era confortável, selecto e não excessivamente caro. Reencontramo-nos mais tarde com o Zé e acabamos por jantar em casa umas pizzas.

Depois do jantar, fomos a casa de um pessoal de Lisboa, ver o FCP começar a Champions em grande.

FCP - Fenerbach

FCP - Fenerbach

Terminado o jogo seguimos para a Disco “School Club” para uma festa de Economia. O espaço era grande, bem decorado e com 2 áreas distintas: karaoke e pista de dança. Nota positiva para o facto de os elementos femininos estarem em maioria! A noite foi muito animada, com várias histórias para contar. Como aconteceu quase todas as noites, a partir das 4/5 da manha só os tugas e os espanhois animavam o espaço! Sempre os últimos a abandonar o barco!

O episódio mais “cómico” da noite ainda estava para vir. O Ricardo teve um acesso de loucura e decidiu separar-se de nós durante o caminho para casa. Conclusão: como não sabia a paragem de metro da casa do Zé, apareceu de manha à porta de casa, depois de uma noite a conhecer o metro de Budapeste! Segundo ele experimentou todas as paragens até reconhecer a paragem certa. Foi recebido pelo Kuni (colega de apartamento do Zé) que, num ar de perfeita normalidade, “apenas” estranhou o facto do Ricardo estar a beber uma cerveja sem álcool. A explicação foi o facto desta ter sido oferecida…

5ª-feira:

Manha novamente para dormir… Almoçamos umas sandes e seguimos para mais um “cityseeing”. Desta vez o passeio foi curto. Fomos ao Museu Nacional e áreas circundantes.

Jantamos em casa uma espécie de bolonhesa preparada por mim e pelo Diogo e seguimos depois para casa de um pessoal da FEUP, o Marco e a Inês, que nos acolheram para vermos o Benfica perder frente aos Napolitanos.

No fim do jogo fomos ao “Morrisons II”, a maior discoteca que estivemos em Budapeste. Enorme, completamente lotada e com múltiplos espaços distintos: discoteca, bar, sala de jogos, karaoke, área ao ar livre e espaço para música transe. Alguns elementos tiveram uns primeiros 10 minutos “à Benfica”. Como as outras discos, por volta das 2/3 da manha o ambiente cai a pique. Saímos por volta das 4.

Morrisons II

"Morrisons II"

6ª-feira:

Acordamos “cedo”, 10 horas. Fomos dar um passeio pela Ilha Margarida (situada no meio do Danúbio, entre as margens de Buda e Peste), onde tivemos oportunidade de ouvir Bocelli ao ar livre acompanhado por repuchos de uma fonte (“private story” do pessoal cá de Zilina). Almoçamos num Centro Comercial, e tivemos depois uma longa cavaqueira para avaliar o ponto de situação.

Caminho para a Ilha Margarida

Caminho para a Ilha Margarida

Depois, demos um passeio pelo mercado da cidade, pelo parlamento e pelo parque da cidade.

Jantamos em casa uns “cordon-blue” congelados e seguimos depois para umas Termas Nocturnas. Fomos às termas “Rudas”, situadas à beira Rio. Fomos lá recebidos pela Mikolt do BEST Budapeste, que tinha visita da misteriosa e surpreendente Zani da Letónia, de um espanhol de Granada e de um Iraniano a estudar em Gotenburg na Suécia. A nós juntaram-se ainda nos banhos os portugueses Marco e Inês e o Ricardo BEST Lisboa.

O complexo oferece 6 piscinas de diferentes temperaturas, desde água gelada a água muito quente, banhos turcos, saunas e uma piscina de natação. Ficamos de molho entre as 11 da noite e as 4 da manha! Pelo meio, eu e o Ricardo tivemos direito a massagens das nossas amigas Mikolt e Zani. Esta última, uma autêntica especialista no assunto…

À saída, aconteceu uma situação infeliz ao Zé e ao Diogo. Foram roubados os telemóveis de ambos e algum dinheiro que estavam guardados nas cabines trancadas! Chamou-se a polícia e vieram dois polícias GIGANTES, que metiam respeito a qualquer bandido! Tomaram conta da ocorrência e chamaram depois a brigada “CSI” para tirar fotos e impressões digitais (!). Conclusão: queixa feita, saímos das termas por volta das 7 da manha!

Sábado:

3 horas de sono, tempo para banho, almoço rápido e saída para o ponto de partida do City Rally, uma espécie de “peddy-paper” organizado pela ESN Budapeste.

A minha equipa era: eu, Ricardo Paulo, Zé, Nádia de Lisboa, Anton da Rússia/Canadá, Lúcia de Madrid e Kasimir da Holanda. O Diogo ficou noutra equipa com americanos e um espanhol. Eramos o grupo número 1, num total de 10 equipas em “competição”. Às 13:45 começou a prova.

Equipa do Rally Paper

Equipa do Rally Paper

Tinhamos 6 pontos de passagem obrigatória com provas em cada ponto, com horários estabelecidos e uma espécie de tarefas tais como trocar um chupa-chupa por alguma coisa e ir sucessivamente efectuando mais trocas com os transeundes, ou encontrar a pessoa mais velha de Budapeste ou vestir roupa típica húngara ou decifrar uma placa em Braille, etc, etc. Pelo meio tinhamos alguns “drinking games” para animar a malta e algumas provas engraçadas como por exemplo fecharmo-nos os 7 numa cabine telefónica ou arrebentar balões simulando “o amor”. Ao longo da prova tinhamos o dever de tirar fotos originais e divertidas, a parte mais animada da tarde.

Los gringos

Los "gringos"

Depois de me ter “casado” com uma espanhola, ter feito a “lua de mel”, termos tirado uma foto com uns noivos recém saídos da Igreja, ainda tivemos a Nádia a “casar-se” com um transeunde! Muito casamento…

Encontramos um velhote de 92 anos, muito bem conservado e a falar Inglês! Um achado autêntico!

Velhote de 92 anos

Velhote de 92 anos

Depois de uma tarde recheada de excelentes momentos, terminamos o Rally-Paper por volta das 19 e seguimos com o resto da malta para o restaurante “Don Leone”. Eramos cerca de 100 ERASMUS no restaurante, pessoal um pouco de todo o mundo. Depois do jantar foram passadas as fotos de todos os grupos, com as nossas a fazer furor! A vitória na “competição” sorriu a equipa Ibérica.

A próxima paragem foi num bar ao ar livre, “Simplex”. Bebemos um copo e prosseguimos a noite na disco “Si Vous Plais”. Entretanto já com a companhia do pessoal que tinhamos conhecido 6a nas termas, o ambiente na disco foi maioritariamente de ERASMUS. A noite acabou por volta das 4, com as “pilhas” completamente em baixo, depois de uma noite mal dormida e de um dia cansativo!

Si vous plais

"Si vous plais"

Foram 6 dias fantásticos que passaram num abrir e fechar de olhos. Uma cidade esplenderosa, pessoal porreiro, muita muita festa e um desejo de lá regressar.

Obrigado Zé por nos teres dados abrigo e aturado nestes dias! Vemo-nos em Zilina!

Visita à Kia Motors e Fim do EILC

Ultimamente o ritmo de actualização tem decrescido. Desde que cá chegamos ainda só houve 1 dia em que não acordamos antes das 8/9! Por causa disso, algum cançasso acumulou-se ultimamente.

Bem, esta semana tem sido bastante preenchida. Na passada 3ª feira fomos jantar ao nosso “tasco” favorito, o Flinstons, e, por acidente, “caímos” numa festa de anos. A aniversariante, Patricia, amiga do nosso anfitrião Maros, decidiu celebrar o seu aniversário no restaurante/bar com amigos, e nós acabamos por passar lá com eles a noite a beber uns pivos, slivovicas, burovicas e a comer uns chocolates que ela nos ofereceu. Todo o pessoal falava inglês e era tudo gente porreira.

Ontem de manha, fizemos o exame final do nosso curso de eslovaco. O exame consistia numa série de exercícios diferentes tais como responder a perguntas em eslovaco, completar frases, traduzir frases de inglês para eslovaco ou conjugar verbos. Para nós portugueses, italiano e francesa o nível era razoável mas para os nossos amigos Polacos, a tarefa revelou-se bem mais fácil dada a semelhança do eslovaco com a sua língua.

Foto da Turma do EILC

Foto da Turma do EILC

Pela tarde, fomos visitar uma das maiores fábricas europeias de produção de automóveis, a Kia Motors de Zilina. Situada na periferia de Zilina, com as montanhas de fundo, a central de produção, estima produzir este ano cerca de 240000 carros! Não sou grande apaixonado pelo mundo automóvel, mas não pude deixar de ficar pasmado com a espectacularidade do processo de fabrico de carros da fábrica. Passamos por várias zonas de produção distintas, da produção de peças à “assemblagem”, pelo que conseguimos ver a produção de um carro desde o momento em que só há “chapa” por trabalhar até ao momento em que os empregados ligam o carro e o estacionam na zona de arrumação. É incrível ver o tamanho, a habilidade e a precisão das máquinas da fábrica, responsáveis pela quase totalidade da produção dos carros. A acção humana pareceu totalmente residual. Fotos no interior foram proibidas (prevenir espionagem industrial…).

Kia Motors Zilina

Kia Motors Zilina

À noite tivemos um jantar ao estilo de despedida da Gosia e da Charline que acabado o curso vão agora estudar para Banska Bystrica (outra cidade eslovaca).

Hoje o dia começou bastante cedo (como habitualmente…). Às 8:30 da manha, eu e o Ricardo fomos pela primeira vez falar com o tutor do nosso curso. Um professor já com alguma idade, bom falante de inglês e de trato simples. A conversa foi rápida pois este tinha uma reunião. Foram nos apresentados dois dos professores que nos vão leccionar cadeiras este semestre, discutimos superficialmente os conteúdos das cadeiras, formas de avaliação e combinamos a próxima reunião com estes, para assim darmos inicio às aulas propriamente ditas.

Depois da passagem pela faculdade fomos para a nossa última aula de eslovaco, onde recebemos e estivemos a corrigir o teste que fizemos na véspera. À tarde, decorreu a cerimónia de encerramento do curso num dos edifícios da Universidade de Zilina. Foi nos entregue o diploma do Curso (curso que vale 4 ECTS) e foi nos oferecido um pequeno lanche.

Findo o lanche, fomos ter com a Patricia e com o Maros, que nos convidaram para vermos um jogo de Hóquei no Gelo do Zilina. Vitória do Zilina por 2-1 frente aos Orange 20.

Zilina vs Orange 20

Jogo de Hóquei no Gelo: Zilina vs Orange 20

No fim do jogo fomos jantar a uma pizzaria próxima da Arena (muita comida italiana se tem comida por estes lados!) e depois de uns pivos e alguma conversa regressamos ao Hostel.

Amanha, nova visita, novamente a um Castelo, o Castelo de Stretno.

Dobru Noc!

Orava Castle e Krakow

O fim de semana que passou foi cansativo mas ao mesmo tempo recheado de bons momentos. Sábado, bem cedo já estávamos todos acordados e prontos para sair rumo a Orava, onde fomos visitar um dos muitos Castelos espalhados pela Eslováquia. Parte da comitiva foi no carro da Gosia (not Gousha like I have written before :P) e os restantes foram com as profs de comboio e autocarro. Passado hora e meia de viagem, encontramo-nos todos em Orava. O Castelo é bastante imponente, e tem um aspecto bastante diferente dos Castelos que estamos habituados a ver por exemplo em Portugal.

Orava Castle

Orava Castle

O Castelo fica situado no cimo de uma colina sendo que do seu topo se tem uma bela vista sobre a região. Para lá chegarmos percorremos qualquer coisa como 300 e tal degraus, sempre acompanhados por um guia que nos orientou na visita. Passamos por várias das divisões do Castelo e na parte final visitamos uma exposição sobre a cultura eslovaca e outra sobre a fauna e flora do país.

Topo do Orava Castle

Topo do Orava Castle

Terminada a visita, fomos almoçar a um restaurante próximo do castelo. Muitos de nós comeram um prato típico eslovaco feito com pequenos “gnochi’s” (massa feita a partir de batata), misturados com queijo de ovelha e uma espécie de torresmos. Não adorei, mas passei bem com a refeição, ao contrário da maioria do pessoal que não gostou nada da escolha. Após a refeição, todos comemos o “zmrzlinu” da praxe. Depois uns seguiram para Zilina de carro e outros foram de comboio.

Chegamos a Zilina a meio da tarde, descansamos um pouco e seguimos por volta das 6 horas para Cracóvia na Polónia, em dois carros: um Skoda alugado e o Fiat Fire da Gosia. Eu estava à espera de uma viagem de cerca de 2:30min (a distância entre Zilina e Cracóvia são 174 km), contudo, estava bem enganado… As estradas, principalmente na Polónia, são muito más! Segundo dizem os nossos amigos Polacos é assim em todo o país. Nota-se que há muita estrada a ser construída, mas as actuais são muito más. Assim, passadas cerca de 4 horas de uma viagem muito esgotante, chegamos finalmente a Cracóvia, por volta das 10:15 da noite.

A chegada à cidade foi assinalada com fogo de artíficio. Celebrava-se um acontecimento importante da Polónia, uma batalha vencida no século 17 frente ao Império Otomano. Logo à chegada à cidade, percebemos que tinhamos acabado de chegar a uma grande metrópole. Como diria o Renato “Isto já é uma cidade com algum jeito…”.

A primeira coisa que fizemos foi instalar-nos no Hostel que os Polacos nos aconselharam, que ficava situado a cerca de 10 minutos a pé do centro da cidade. Ficamos numa camarata de 12 camas, num edifício não muito novo. Pagamos cerca de 7 euros pela noite, pelo que não esteve mal a relação qualidade-preço.

Hostel em Krakow

Hostel em Krakow

Após nos instalarmos no Hostel, fomos para o centro da cidade. Aquela hora (11 e tal) foi impossível encontrar um restaurante decente para se jantar. Acabamos por almoçar numa pizzaria, onde não comemos lá grande coisa, e onde já pagamos preços ao estilo de Portugal. Depois do jantar fomos à praça principal da cidade beber uns copos. Parte do grupo ainda foi a um bar enquanto que os outros, esgotados, recolheram ao Hostel.

A manha seguinte começou cedo. Por volta das 9 horas estavamos a sair do Hostel rumo ao centro. Chegados ao centro paramos para um pequeno-almoço na praça principal da cidade e depois seguimos para um “city-seeing” guiado pelos Polacos. Cracóvia é uma cidade recheada de grandes edifícios antigos, muito bem conservados e com uma arquitectura bastante interessante. É uma cidade bastante limpa e aparentemente segura, com bastante diversidade cultural. Após 2 semanas em Zilina já não estavamos habituados a ver pessoal “estrangeiro”. Da praça principal da cidade, seguimos em direcção ao Castelo da cidade, passando pelo meio por uma série de Igrejas e edifícios antigos da cidade.

Uma das praças de Cracóvia

Uma das praças de Cracóvia

O símbolo da cidade é um Dragão, e o rio que a banha é o rio Wisla. Talvez por o símbolo da cidade ser um Dragão, encontramos numa loja vários cachecois do FCP à venda.

Cachecol do FCP à venda em Krakow

Cachecol do FCP à venda em Krakow

Dragão de Cracóvia

Dragão de Cracóvia

Por volta da 1:30min da tarde, já estávamos, infelizmente, a caminho de Zilina. O carro alugado tinha de ser entregue às 6 da tarde em Zilina. A visita a Cracóvia foi boa, mas soube a pouco… Talvez haja uma próxima visita quem sabe…

A viagem foi feita em ritmo de “passeio”. Paramos pelo meio numa bomba de gasolina para comer “junk food” , o nosso almoço de Domingo :S e continuamos viagem. Pelo caminho tivemos um Pawel bastante animado, depois de se meter fortemente com a pivaria (you know what I mean…) e um Italiano a cantar Andrea Bocelli. Chegamos ao stand de aluguer com as 6 horas a badalar.

Depois da entrega, parte do grupo foi para o Hostel e outra parte foi jantar. Depois desta maratona, todos estavamos rebentados, pelo que o dia acabou cedo.

Estão disponíveis fotos na minha galeria Picasa:

Fotos de Orava

Fotos de Krakow

Zilina: Preview do Fim de Semana

Os últimos dias têm sido mais “calmos”. O pessoal começa a estabecer certas rotinas e já não tem havido tantas saídas em conjunto. Ontem fui conhecer a Faculdade onde vou estudar. Estava deserta visto as aulas só começarem dia 22 de Setembro. Como é normal, as recepcionistas e funcionárias cá, não falam Inglês, o que safou foi encontrarmos um colega eslovaco a falar inglês que nos indicou o Professor que devemos contactar para esclarecer dúvidas.

Faculdade de Informática e Gestão de Zilina

Faculdade de Informática e Gestão de Zilina

À noite fomos ao centro comer um zmrzlinu (gelado) e beber uns pivos. Hoje, nova sessão de eslovaco, algum descanso pela tarde e futebolada ao final da tarde.

Este fim-de-semana, vai ser bem preenchido! Amanha de manha vamos a uma cidade vizinha, Orava, visitar um dos castelos mais importantes da Eslováquia. Voltamos a meio da tarde, e preparamo-nos para ao final da tarde saírmos para a histórica cidade Polaca de Cracóvia (onde hoje esteve o nosso Presidente da República, depois de uma passagem por Bratislava), onde vamos passar a noite de Sábado e o dia de Domingo. Os nossos amigos Polacos vão ser importantes guias e tradutores na visita à cidade que eles muito admiram.

Bem, o post fica por aqui que amanha às 7 horas à que acordar! Mais tarde falarei sobre este fim-de-semana que promete!

Dobru Noc!

Zilina: As “Borlas”

Ontem tal como estava combinado, fomos ver um jogo de hóquei no gelo do Zilina. Para mim, para o Ricardo, Pawel e Gousha, foi o baptismo no que a este desporto diz respeito. Tratava-se de uma amigável contra uma equipa Checa, Trinec, pelo que assistimos ao jogo à “borla”. Estariam cerca de 300 pessoas a assistir ao jogo, numa arena que tem capacidade para cerca de 4/5 mil. O facto de o jogo ser às 17h não ajudou à adesão do público. Já havia assistido a jogos de Hóquei em patins e encontrei algumas semelhanças entre os dois desportos (como é óbvio…). As principais diferenças estão na velocidade a que o jogo é praticado, muito mais dinâmico que o Hóquei em Patins e na maior agressividade demonstrada em jogo. Contudo, estava à espera das cenas de pugilato que se costuma assistir nos jogos da NHL (melhor liga do mundo de Hóquei no Gelo), mas tal não aconteceu. Talvez por ser um amigável, os jogadores demonstraram sempre muita calma e fair-play.

Zilina vs Trinec

Jogo de Hóquei no Gelo: Zilina vs Trinec

Após o jogo, fomos jantar a um restaurante perto do centro. Depois do filme habitual para comunicar com os locais, lá conseguimos pedir o que queriamos e a comida nem estava má. Pelo caminho passamos por restaurante de nome “Porto”, situado perto da estação de comboios. Ainda fomos lá ver o que se tratava mas estava fechado para férias. Havemos de lá voltar…

Restauracia Porto

Restauracia Porto

Depois, foi tempo de ir ao Hostel e nos prepararmos para sair. Tal como a semana passada, fomos a uma discoteca cá de Zilina, ao que sabemos a única aberta à terça-feira, o “Uh La La”. As expectativas eram grandes pois a semana passada a noite foi altamente, mas ontem, não esteve ao mesmo nível. Logo quando chegamos tivemos duas abordagens “estranhas” por parte de dois “armários” lá da discoteca. Não percebemos bem o que diziam, mas ficamos de “pé atrás”. O espólio musical da discoteca é bastante limitado, sendo normal ouvir 3 e 4 vezes a mesma música em 2/3 horas. Dá para animar a malta de qualquer forma! Saímos por volta das 2h depois do Ricardo ter passado por situações “embaraçosas”.

Hoje, novas aulas de Eslovaco. Entretanto já conhecemos mais uma professora, a quarta. Ao contrário das outras que têm idade para ser nossas mães, esta tem idade para ser… nossa irmã. É professora de Inglês e Eslovaco cá na Universidade, sendo que evita ao máximo falar o Inglês para tentar “puxar” por nós, sendo que por vezes assistimos a situações algo “embaraçosas” dada a precariedade do nosso Eslovaco.

Depois da aula, eu, o Pawel e a Gousha fomos à piscina enquanto que o resto ficou a repousar no Hostel. Continuando na senda das “borlas”, depois de ao almoço ter almoçado na cantina de “graça” por falta de compreensão por parte das funcionárias (que chatiçe!), tivemos mais uma “borla” na piscina (descobrimos a entrada “mitra”!). O dia esteve espectacular (28º  de céu limpo!), pelo que souberam muito bem os banhos e aproveitar o Sol radiante!

Piscinas em Zilina

Piscinas em Zilina

O Bellini voltou a cozinhar para a malta, massa como da outra vez. Hoje não houve saída…

Dobrú Noc!

Zilina: Os Extraterrestres

Sábado à noite foi dia de Benfica – Porto. Tendo em conta a forma em que os vermelhos se apresentaram, o resultado agradou bem mais aos Benfiquistas do que aos Portistas. Com algum esforço, lá fomos acompanhando o jogo pela internet. À falta de melhor na 2ª parte vimos o jogo directamente de Portugal através da webcam do MaD colada à TV lá de casa.

Depois do jogo, a hora já era tardia para o fuso horário de cá. Contudo, como era Sábado à noite, eu, o Ricardo, a Gousha e o Pawel, fomos ao centro da cidade. Paramos num barzito de cocktails, Club 54, bebemos uma bebida e fomos para outra paragem. À saída aconteceu uma situação caricata. Estavamos a perguntar a um grupo de raparigas onde ficava um bar que nos tinham recomendado, aliás, a tentar perguntar, pois não falavam inglês, quando apareçe uma outra que falava Inglês. Essa tal que falava inglês perguntou-me de onde é que eu era e quando disse que era Português, saltou para cima de mim completamente eufórica! Nós aqui nesta terra, sentimo-nos várias vezes como uns “extra-terrestres”, tão diferentes que somos dos locais. Somos apenas 11 Erasmus nesta altura cá e não há qualquer vestígio de pessoal estrangeiro. Tem sido engraçado sentirmo-nos “diferentes” aqui!

Nas ruas do centro, por volta da uma da manha, num Sábado à noite, o movimento não era muito. Viam-se esporadicamente alguns grupos de rapazes fortemente alcoolizados, a agirem tipo gorilas descontrolados. Ainda passamos por uma discoteca cá de Zilina, mas o movimento não era muito, acabamos por regressar ao Hostel por volta das 2.

Entretanto, já deveriamos ter o carro que tinhamos “combinado” alugado. Contudo, a combinação “às cegas” que fizemos, não funcionou e acabamos por não ter carro para Domingo. Assim, aproveitamos pela primeira vez desde cá estamos, para dormir até tarde. Eram cerca de 3 horas quando chegamos ao maior Shopping cá de Zilina, o MaX, onde almoçamos. No final alguns de nós foram dar uma volta ao centro da cidade, enquanto outros regressaram ao Hostel. No centro, paramos por um bar cá do sítio que gostamos bastante, Cinema, onde se bebe um Latté de grande nível.

Regressamos ao Hostel já ao final da tarde, fomos jogar um futebolzito e depois jantamos. Depois do jantar ainda fomos a um barzito aqui perto mas o ambiente tava muito calminho pelo que não ficamos lá muito tempo.

Hoje de manha tivemos novo “madrugar”. Às 7 da manha já todos se preparavam para sair. Fomos visitar a uma vila próxima, Rajecka Lesna, bastante rural e característica, uma espécie de “cascata de S.João”, construída por um escultor Eslovaco, que nela representa várias activadades típicas eslovacas e alguns dos monumentos mais importantes do país.

Slovak Bethlehem em Rajecka Lesna

Slovak Bethlehem em Rajecka Lesna

Após a visita, fomos de autocarro no caminho para Zilina, tendo parado em Rajecke Teplice (onde eramos para ter ido ontem) onde almoçamos. Esta é uma zona termal, com lagos, hotéis e spa’s.

Entrada de um dos complexos termais de Rajecke Teplica

Entrada de um dos complexos termais de Rajecke Teplica

O regresso a Zilina foi feito num Comboio local. Mais uma caminhada de meia hora e chegamos ao Hostel.

Dovidenia!

Zilina: Jantar do Bellini e Passeio nas Montanhas Tatra

Bem, ontem como já tinha dito, era feriado nacional e por isso só tivemos aulas pela manha. Alguns de nós fomos almoçar a um restaurante cá próximo do Hostel. Já somos clientes assíduos! Pena que já por mais de uma vez tenhamos lá chegado antes das 8 da noite, e já não servirem refeições a essa hora! Aqui funciona tudo mais cedo…

A tarde foi bastante morna… A mais calma até ao momento. Como temos tido sempre aulas bastante cedo de manha, a maioria acabou por ficar a descansar nos quartos.

À noite, tivemos jantar preparado pelo nosso amigo italiano, Marco. Ele preparou uma massa, 3 kg de massa numa panela a abarrotar! Conclusão: ficou um bocado descompensado o molho e o resto dos ingredientes, mas com a fome que o pessoal estava, “marchou” bem. A seguir ao jantar estavamos todos prontos para sair quando começa a chover torrencialmente… Como o hostel ainda fica a cerca de 20/25 minutos do centro, acabamos por ficar no Hostel. Parte do pessoal foi dormir, o resto ficou a ver um filme: Memento foi a escolha. Não muito acertada… A qualidade do filme não está em discussão. Contudo, não é filme para se ver à noite e com sono.

Hoje o dia começou novamente muito cedo. Ás 7:30 já todos nos estavamos a preparar para sair. Tinhamos cerca de 30 minutos para estarmos na estação de autocarros que fica próxima do centro. Pelo caminho, vimos placards a anunciar jogos de Hóquei no gelo. Terça está combinado irmos apoiar o Zilina!

Agenda de Jogos de Hockey no Gelo do Zilina

Agenda de Jogos de Hockey no Gelo do Zilina

Foi dia passeio a umas montanhas cá próximas de Zilina, chamadas Tatra. A viagem foi feita numa camioneta pública a abarrotar e demorou cerca de 1 hora. Quando lá chegamos, logo nos apercebemos da beleza da paisagem.

Ponto de partida para a caminhada nas montanhas

Ponto de partida para a caminhada nas montanhas

Durante cerca de 1:30h fizemos uma caminhada pelas montanhas, acompanhados por duas das professoras que nos dão aulas de Eslovaco e o esposo e filha de uma delas. Andamos por trilhos, riachos, subidas e descidas, bastante “radicais” para nós tugas, mas que para os locais pareciam bastante normais. Haviam partes relativamente difíceis de atravessar, mas contudo via-se todo o tipo de pessoas nas caminhadas, desde crianças a idosos.

Caminhada pelas Montanhas Tatra

Caminhada pelas Montanhas Tatra

Terminada a longa caminhada, fomos almoçar a um restaurante no sopé da montanha, onde haviamos anteriormente escolhido os pratos. Para começar, foi nos oferecidos pelo marido da prof um Slivovica a cada um. Diz ele que é costume beberem um antes de almoço… Não fomos acompanhados pelo anfitrião, pois ele ía conduzir, e aqui na Eslováquia, o limite de alcolémia é 0! Literalmente: “Se conduzir não beba!”. A refeição não estava má… Mas foi das mais caras que já tivemos cá. Pagamos cerca de 8/9 euros cada um. Isto é caro cá na Eslováquia!

Depois do almoço, regressamos a Zilina. A viagem passou rápido (a soneca pelo caminho ajudou). Pelo caminho houve uma passagem pelo Kaufland, e um descanso no Hostel. Depois, foi tempo para uma partida de futebol no relvado cá próximo do Hostel. Depois de 1:30h de esforço, banho e jantar na Pizaria Italiana.

Está quase a começar o Benfica – Porto! A expectativa é grande! Oxalá ganhe o melhor, o FCP pois claro! Mas também se não ganhar, vamos para a festa no “Miami” na mesma!

Amanha vamos a um Spa cá próximo.

Dóbru Nóc! (Como quem diz, “Boa Noite”)

Zilina: Passeio pela cidade e jantar polaco

As aulas de eslovaco não dão descanso! Diariamente temos 5 horas de aprendizagem da língua. Como já tenho dito várias vezes, não é uma tarefa fácil para um latino aprender eslovaco. Contudo, já vamos conseguindo dizer e perceber algumas coisas. Ao fim de 3 semanas vamos estar uns experts em eslovaco! (ou então não…)

Bem, ontem, depois da sessão eslovaca matinal, fomos almoçar como habitualmente fazemos, na cantina da universidade. O pessoal tem-se queixado um bocado da comida na cantina. É bastante diferente da nossa comida portuguesa, principalmente nos molhos que acompanham os pratos principais e as sopas. Eu tenho me ficado pelo prato vegetariano (salada) e não tem sido muito mau…

Pela tarde, prosseguiram as aulas de eslovaco até às 15:00h. Mais vocabulário, mais verbos e algumas complicações. Por exemplo, em eslovaco “muzika” significa música mal tocada! Música “normal”, diz-se hubda. Faz todo o sentido…

Acabadas as aulas, regressamos ao Hostel. Por volta das 16:30, alguns de nós fomos até à cidade procurar um rent-car pois domingo vamos a uma estancia termal cá próxima (Rajecké Teplice). O centro da cidade estava ontem bastante movimentado. Estava a decorrer um festival de música. A banda que estava a tocar na altura tinha um som Rock, que apesar de ser cantado em eslovaco, até que não soava nada mal…

Concerto em Zilina

Concerto em Zilina

Outra das razões para o movimento que se observava na cidade, era o facto de o Zilina MSK ter disputado ontem, o último jogo de apuramento para a Taça Uefa frente aos vizinhos checos do Sloban Liberec. Venceram o jogo por 2-1 e apuraram-se pela 2ª vez na sua história, para a fase Regular da Taça Uefa! Ainda vamos ter cá equipas portuguesas a jogar quem sabe…

Ultras Zilina a caminho do estádio

Ultras Zilina a caminho do estádio

Rent-car’s abertos, nem vê-los… Aproveitando o movimento gerado pelo jogo, decidimos seguir os adeptos, e ver o ambiente próximo do estádio. Pelo caminho comemos um zmrzlina (gelado), que cá são estupidamente baratos! Um gelado “Cartd’or” em cone com 2 bolas custa em qualquer lado, cerca de 50 centimos!

No caminho para o estádio, falamos com uns locais para tentar resolver o problema do carro. Curiosamente, logo os primeiros com quem falamos, mostraram-se bastante prestáveis, e neste momento já temos carro para Domingo! Um deles telefonou para um amigo, e rapidamente se arranjou um carro. Um Kia, carro que aqui há bastante pois a maior fábrica da Europa da Kia Motors é em Zilina. No meio da multidão, é que dá para perceber melhor que este povo é muito alto! No meio deles, eu com cerca de 1.88m de altura, pareço várias vezes um pequenote!

Continuamos o caminho para o estádio, sendo que primeiro entramos na Arena de Hockey no gelo. O Hockey no Gelo é o desporto mais importante na Eslováquia, seguido do Voleibol e só depois do Futebol. A Arena tem um aspecto poderoso, sendo que lotada, deve ter um ambiente espectacular!

Arena de Hockey do Mestsky Hokejový Klub de Zilina

Arena de Hockey do Mestsky Hokejový Klub de Zilina

O estádio é mesmo ao lado. É um estádio, que eu diria que tem capacidade para cerca de 10 mil pessoas… O movimento já era grande em volta do jogo, e eram muitos os cânticos a fazer lembrar um jogo Inglês. Já estavamos no final da tarde e por isso fizemos o caminho de volta ao Hostel. Pelo meio, paramos no Kaufland para comprar mantimentos para o jantar.

Alguma da comitiva, acabou por não jantar no hostel e jantar antes no restaurante. Ficaram a perder um jantar bastante saboroso, preparado pelo pessoal Polaco. Comemos comida típica deles, uma espécie de ovos mexidos com chouriço, umas fatias de pão barradas com um paté de atum e mais umas coisas e uma espécie de “salada russa”. Estava tudo muito bom.

Jantar Polaco

Jantar Polaco

No final, por insistência da nossa colega polaca Iwona, bebemos uns shots de Borovica, bebida típica eslovaca, ao estilo alemão. E o que é o estilo alemão? Consiste em primeiro colocar na boca sumo em pó, depois beber Borovica, misturar e beber. Entretanto o pessoal que foi jantar ao restaurante, tinha parado num bar próximo do Hostel. Eu e o italiano ainda lá fomos ter com eles, mas como não estavamos no mesmo “mood”, acabamos por não passar lá muito tempo… Eles conheceram ontem o “Don Corleone” de Zilina! Medo! Dizia ele “This is my Town Zilina! You know? Zilina is my town!”.

Hoje, é feriado nacional e por isso só tivemos aulas pela manha. Para a tarde ainda não há planos, sendo que me parece que parte da comitiva vai ficar no Hostel a pôr o sono em dia…

Agora está na hora do almoço!

Dobrú chuť! (Como quem diz, Bom apetite!)

Zilina: Entre as aulas e a noite

Nestes últimos dois dias, temos continuado a árduo tarefa de aprender eslovaco. Todos os dias, às 9 da manha, fazemos cerca de 10 minutos para chegar ao edifício onde temos aulas, num percurso que mais faz lembrar uma prova de ciclismo de alta montanha, ao estilo da subida à Nossa Senhora da Graça! São 3 as professoras que nos estão a ensinar: uma que domina o inglês e dá as aulas com muita calma; outra que dá uns toques de inglês e que está sempre a dar as aulas com a 5ª engrenada e outra, com muitas dificuldades em exprimir-se no inglês e que exige bastante correcção na nossa pronúncia eslovaca e se esforça muito por que que nós falemos sempre em eslovaco, não tem sido fácil. Faltam-nos referências para conseguirmos perceber o significado das palavras, tal é a diferença abismal na construção frasica. Têm sido muitos verbos e vocabulário em pouco tempo.

Ontem, após a aula, fomos jogar voleibol de praia para um complexo próximo do hostel. Passou-se um bom bocado, que culminou com alguns Pivos para matar a sede aos jogadores.

Pivos depois do jogo

Pivos depois do jogo

Ficamos algum tempo à conversa e depois fomos fazer alguns compras a um supermercado cá próximo. Aqui janta-se muito cedo. Por volta das 8h/8.30h, alguns restaurantes já não servem refeições. Por isso, acabamos por ir almoçar à segunda opção que tínhamos. Era um restaurante italiano, não se jantou mal…

Depois do jantar tivemos a beber mais uns pivos (cervejas, se ainda não sabem o que é) e a mostrar aos polacos e ao italiano, que vivem connosco, alguns vídeos do Porto.

Um “warm-up” para irmos para uma das poucas discos abertas cá à terça: “Uh La La”, é o seu nome. O aspecto exterior, era por assim dizer, manhoso vá lá… Um edifício velho, escuro e sem qualquer informação chamativa de que se tratava de uma Disco. Como preço de entrada, pagamos um balúrdio! Imaginem só: 70 centimos! Entramos, e começamo-nos a ambientar ao espaço. A música na altura soava estranha, devia ser eslovaco ou coisa do género, mas o pessoal vibrava muito. Para primeira bebida, foi nos sugerido um vodka. Bem… de caixão à cova! Parecia mesmo álcool etílico puro! Até o calejado Pawel achou aquilo forte… Á medida que a noite foi avançando acabaram as músicas “esquisitas” e já só se ouviam êxitos internacionais. Quanto ao ambiente, tenho de dizer que estava bastante bom! Eram muitas as mulheres bonitas presentes, o que dava um colorido interessante ao espaço. Uma delas (a bela Suzanne), ofereceu-nos uma bebida típica eslovaca: Slivovica, feita a partir da fermentação de ameixas. Muito bom…

A noite já ía longa quando saímos da discoteca, por volta das 4 da manha (aqui as discos “aquecem” bastante mais cedo que em Portugal, por volta da 11 e tal meia noite). Vinte/vinte cinco minutos de caminhada para o hostel e tempo para descansar algumas horas até à aula da manha seguinte. Com o sono em dia já é complicado, a dormir pouco então, o eslovaco ainda fica mais difícil… Mas é um esforço importante pois a maioria das pessoas cá não fala inglês.

Após as aulas de hoje, fomos para umas piscinas exteriores cá da cidade. Cá na cidade à piscinas olímpicas quer interiores quer exteriores. Viemos do sul da Europa, encontrar um tempo bastante bom… Hoje não deveria estar muito longe dos 30º penso eu, pelo que os banhos de piscinas souberam pela vida!

Piscinas em Zilina

Piscinas em Zilina

Jantamos cedo hoje (para prevenir ficarmos sem jantar…) e hoje não há “rambóia”. Ainda está tudo na ressaca de ontem…

Dovidenia!

Inicío do Curso de Línguas EILC

Hoje tal como tinha dito no post anterior, começou o curso de línguas. Ainda não eram 9 da manha quando começou a reunião de apresentação com as professoras que nos vão ensinar eslovaco e um representante da Universidade de Zilina. Eu e o MaD chegamos 5 minutos atrasados, e não deixamos de ouvir uma pequena advertência. Ficou claro que aqui as horas são mesmo para cumprir! A professora principal, tem o estilo de uma Professora Primária “à antiga”, numa mistura de rigidez com benevolência, com um trato bastante fácil. O vice-presidente da Universidade, por outro lado, mostrou-se descontraído e aproveitou para nos recomendar que não levemos o curso demasiado a sério! Durante a reunião, foi nos distribuída um saco com uma série de souvenirs e informações da Universidade. Acabada a reunião, tivemos a nossa primeira aula de eslovaco. Somos uma turma pequena (11 alunos). A aula consistiu na introdução de algumas palavras básicas e na aprendizagem dos vogais eslovacos. Pequenos exemplos: Ahoj “olá”, Dovidenia “adeus”, Ďakujem “obrigado”, Pivo (cerveja) ou Viem , Že Nic Ne Viem “Eu sei que nada sei”.

Acabada a aula, fomos almoçar pela primeira vez à cantina da Universidade. Pagamos 79 korunas (2,6 euros) pela refeição. A comida não sendo espectacular, consegue ser melhor que a da FEUP! Após o almoço, fomos fazer um “city seeing” para conhecer as principais instalações da cidade e os principais pontos de interesse.

Vista de uma das zonas centrais de Zilina

Vista de uma das zonas centrais de Zilina

Pelo meio, fomos recebidos na Camara Municipal da cidade, pelo vice-presidente. Numa conversa relativamente informal, ele aproveitou para nos dar as boas-vindas, contar alguns factos sobre a cidade, curiosidades e a nós foi nos sugerido que falássemos sobre as nossas primeiras impressões sobre a eslováquia. Como bons tugas que somos, não houve problema em referir a beleza feminina da Eslováquia como um dos pontos a favor, sendo que o Vice ficou bastante admirado pois ainda ninguém em visita “oficial” à cidade tinha tido o à vontade para dizer tal coisa. Foi ainda referido o facto de a paisagem ser bastante diferente da que estamos habituados na cidade, assinalada a calmaria apresentada pela cidade e a gastronomia eslovaca como pontos positivos. Até ao momento, todas as pessoas têm sido muito hospitaleiras e simpáticas connosco, sendo o facto de muita gente não falar Inglês, o ponto mais negativo para nos relacionarmos melhor com os locais (nem sequer o Vice-Presidente falava inglês!).

Oferendas de Zilina aos estudantes Erasmus

Oferendas de Zilina aos estudantes Erasmus

Após o encontro na Câmara, dirigimo-nos ao posto de turismo da cidade. Recolhemos alguns postais e panfletos, e fomos passar algum tempo a uma esplanada. Para terem uma ideia dos preços baixos que aqui há na área da restauração, uma cerveja standard eslovaca (standard aqui é meio litro…), custa entre 17-25 korunas, ou seja, entre sensivelmente 50 e 80 centimos, ou um gelado daqueles gigantes, com fruta, e vários sabores, custa cerca de 1.50 euros… Da esplanada seguimos para o campo de voleibol de praia, como tinhamos combinado no dia anterior. Não havia campos livres, pelo que amanha já temos um joguinho marcado para matar saudades! Não houve voleibol, houve futebol. Primeiro jogamos algum tempo entre nós, mas depois fomos desafiados por alguns eslovacos para uma partida. Um bocado “toscos” a jogar, com um ar “severo” e duro, mas bastante simpáticos e amigáveis, jogou-se uma partida razoável num autêntico batatal!

Voltamos ao hostel, descansamos um bocado e acabamos à pouco de chegar de jantar. Amanha novo despertar às 9, desta feita esperemos que sem atrasos…

Uvidíme sa zajtra! (Como quem diz, “Até amanha!”)

Bratislava para trás, Chegada a Žilina

Nos últimos dias tem sido complicado escrever aqui no blog. Chegamos ontem ao inicio da tarde, mas apenas hoje conseguimos ter internet nos quartos. Bem, vou começar por falar do último dia que passamos em Bratislava.

O dia começou tarde, como é costume em férias (e não só…), por volta do meio-dia. Fomos para o centro de Bratislava usando o trem (uma viagem de 10 minutos custa cerca de 20 centimos), e, depois de uma visita a uma livraria onde compramos dicionários Inglês-Eslovaco e vice-versa, fomos a um tasco cá do sítio. Optamos por comer o menu diário, que custava à volta de 3 euros, com direito a sopa e prato. A comida não estava má. A maioria dos pratos que temos provado, tem queijo e cebola em abundância.

Refeição no tasco

Refeição no tasco

Depois do almoço, fomos tratar de arranjar números de telemóvel eslovaco. Foi algo complicado conseguirmos explicar o que queríamos, mas felizmente lá apareceu um empregado que “arranhava” o inglês. Assunto tratado, fomos tentar junto de umas locais, saber onde ficava um lago que uma das nossas anfitriãs BEST nos havia falado. Já estávamos a meio da tarde, e a maioria das pessoas que perguntávamos pelo lago, nunca tinham lá ido… Apesar disso, arriscamos na mesma a ida. E ainda bem que arriscamos, valeu bem a pena! Demoramos cerca de 30 minutos a lá chegar. Quando lá chegamos, deparamos-nos com um espaço idêntico a vários campismos que temos em Portugal, com esplanadas, campos de voleibol de praia, espaço para tendas e uma praia que cercava o lago, de dimensões razoáveis. Curiosamente, o tempo esteve muito bom (20 e muitos graus) e a temperatura da água era excelente.

Gaivota no Lago Zlate Piesky

Depois de uma banhoca, fomos dar uma volta de gaivota. No meio do lago, existia um pequeno ilhéu. Do outro lado do ilhéu, era, imagine-se, uma praia naturista! Ora, como diz o ditado, “Em Roma, sê Romano”, e pronto, lá nos juntamos ao movimento (fotos não disponíveis por razões óbvias…).

Já o sol desaparecia quando regressamos à cidade. Depois de uma visita ao “Tesco” cá do sítio, fomos para a zona mais “in” de Bratislava, que fica perto do Castelo da cidade. Com ruas fazendo lembrar um pouco as “ramblas” de Barcelona, haviam vários restaurantes e bares com bom ambiente, mas também com preços mais elevados. Esta é provavelmente a zona mais cara da cidade (os preços não são contudo nada de muito exorbitante). Saímos um pouco dessa zona, e dirigimo-nos para uma zona menos “turística”. Acabamos num restaurante bastante curioso, cheio de luzes coloridas, a fazer lembrar mais uma discoteca, com um velhote com alta colecção de cds a fazer de DJ (tinha bom gosto musical, por sinal).

Jantar em Bratislava

Jantar em Bratislava

O que pedimos acabou por não ser muito bem compreendido, mas os pratos que vieram, estavam bastante bons. Comemos mais uma vez um prato à base de queijo, desta feita com franco e porco. Uma agradável surpresa a comida aqui na Eslováquia…

Saímos do restaurante já na hora do fecho, e fomos dar uma volta pela cidade. Passamos mais uma vez pela zona movimentada perto do Castelo, e depois dirigimo-nos para a zona perto do Danúbio. Regressamos ao espectacular Red Star Hostel, de taxi, pois o trem já havia terminado à hora que regressamos. Durante o passeio, houve tempo para tirar mais uma foto, desta feita ao monumento mais sexy da cidade.

Foto com a senhora de pernas abertas

Foto com a "senhora de pernas abertas"

No dia seguinte, mudamo-nos de malas e bagagens para Zilina. Depois de uma viagem de cerca de 3 horas, numa carruagem completamente atafulhada de malas, passada na conversa e a jogar cartas, chegamos finalmente a Zilina (lê se  ‘ji-li-na’), por volta das 3 da tarde. Apanhamos um taxi para o bloco da residência de estudantes, e em poucos minutos chegamos à cidade. Zilina tem um aspecto algo velho e cinzento, pelo que a zona da residência, não foge muito à regra. Chegados ao bloco que nos foi destinado, a complicação foi grande para falar com a recepcionista que não sabe uma única palavra de inglês! Como que se de um milagre se tratasse, apareceu um eslovaco, o Maros, a falar um inglês quase perfeito. Foi uma preciosa ajuda para falar com a recepcionista, e um óptimo “cicerone” para nos introduzir a cidade. Malas instalados, seguimos com o Maros para um restaurante recomendado.Outra refeição barata e saborosa… Saímos, e fomos a um bar perto do restaurante. Convém referir que entretanto, mais dois portugueses se instalaram cá (Renato e Diogo, ainda não presente no Bar), pelo que somos uma comitiva de 6 portugueses!

Bar em Zilina

Bar em Zilina

Daqui seguimos para o Shopping da cidade, que fica a poucos minutos a pé, da nossa Residência. O Shopping não sendo muito grande, tem tudo o que é necessário. Depois de algumas compras, seguimos para o Hostel. Altura para conhecer dois dos polacos que aqui vão estudar: Pawel e Iwona. Jantamos e saímos com o Maros para uma discoteca recomendada por ele. Nada ao estilo do que estamos em Portugal, na mesma sala, havia uma área com a pista de dança e outra com bilhares, matrecos e cadeiras. Passamos um bom bocado a beber umas cervejas, jogar matrecos (passatempo favorito do Mad) e bilhar.

Hoje, fomos até ao centro de Zilina. Tem um aspecto mais agradável à vista, sendo que por hoje, ainda pouco o exploramos. Almoçamos já tarde, fomos a um bar depois de almoço tomar café, demos uma pequena volta, passamos pela piscina cá da cidade (olímpica, interior e exterior), um espaço com campos de voleibol de praia (altamente!) e uma espécie de mini kartodromo, que alguns de nós aproveitamos para experimentar. Nova passagem pelo shopping, a que se seguiu um jantar improvisado. Pelo meio, Portistas festejamos a primeira vitória do FCP no campeonato, enquanto que os de vermelho, se lamentavam pelos pontos perdidos em Vila do Conde… O costume! Os polacos, saíram reforçados por mais uma polaca, e aproveitamos para lhes apresentar o vinho do Porto. Apesar de terem gostado, ficamos com a impressão que não o trocam pelo Vodka.

A história já vai longa (demasiado talvez…). Amanha começa o Curso de Eslovaco. Vai ser bonito…

Dobrú noc! (como quem diz, “Boa noite!”)

Eslováquia – 1º Dia

Depois de vários meses de expectativa, heis que chegou o tão aguardado dia. Feitas as despedidas da família, começou a viagem que nos havia de levar a mim e ao meu comparsa de viagem Ricardo, para Lisboa. A viagem correu com tranquilidade.

Lisboa, antes da partida

Lisboa, antes da partida

O ar contente e feliz da foto, desapareceu por momentos, quanto fomos fazer o “check-in”. Tínhamos respectivamente eu 20kg de bagagem a mais e o Ricardo 9kg. Como nunca tinhamos antes feito uma viagem em que fosse precisa tanta bagagem, e porque tínhamos reservado espaço para 2 malas, pensávamos que tinhamos direito aos 20kg de peso limite, por cada bagagem encomendada: ERRADO! O limite é 20kg por pessoa. O que se pode é pagar volume (malas) não peso… Ao que parece é igual na maioria das low-cost. Os nossos companheiros Erasmus (Mad e Archer), tiveram problema igual na Clickair. Fica o aviso para quem tiver de fazer uma viagem do género. Conclusão: 160 euros para o excesso de bagagem… Um bom começo sem dúvida! Bem, como não havia volta a dar, o clima pesado que se instalou quando tivemos de pagar este balúrdio, desapareceu assim que descolámos rumo a Viena. Falta dizer que o pessoal do nosso vôo era surreal! Eramos dos pouquíssimos portugueses a bordo. A maioria do pessoal no voo, não devia tomar banho há vários dias, tal era o aspecto descuidado que apresentavam.

Em Viena, esperamos umas horas no aeroporto pelo transfer que nos havia de levar para Bratislava. Logo aí, tivemos contacto com a excentricidade das pessoas desta zona Central da Europa. É interessante observar a variedade de estilos do pessoal e ver o aspecto desmazelado de muitas das pessoas. Agora percebo melhor a imagem dos americanos nos filmes, quando caricaturam os europeus… Vimos por exemplo um grupo a chegar ao terminal de partidas de limusine, vestidos de cor-de-rosa, de apitos na boca (não eram dourados :P) e a fazer alto estardalhaço.

Pessoal a chegar de limusina e t-shirts rosa ao aeroporto

Pessoal a chegar de limusina e t-shirts rosa ao aeroporto

Depois de cerca de 50 minutos de autocarro, chegamos finalmente, ao início da tarde, a Bratislava. A primeira impressão quando chegamos à cidade, não foi das melhores… A zona onde saímos tinha um aspecto “manhoso”, e ainda mais manhoso nos pareceu a pequena viagem de táxi que fizemos entre a paragem e o hostel. O percurso tinha o aspecto do Leste que estávamos habituados a ver à uns anos, ou seja, edifícios cinzentos, trânsito desorganizado e carros a pedir reforma. Quando chegamos ao hostel, ficamos ainda mais admirados com o Hostel que tínhamos reservado. Um edifício enorme e velho, com os quartos bastante pirosos, cheios de poeira e a tresandar a velho, mas com um pormenor bom: internet grátis e secretárias para os portáteis.

Depois de deixarmos as bagagens nos quartos, fomos até ao centro da cidade onde nos encontramos com duas alunas “BEST” (Board for European Student of Technology) aqui de Bratislava, que havíamos conhecido por “mail”. Estivemos num bar típico Eslovaco onde tivemos oportunidade de experimentar a cerveja que se bebe por cá (bastante boa, por sinal), e uma bebida própria de cá (Kovola), parecida com coca-cola, mas feita à base de ervas (recomendado). Experimentamos ainda uma sopa típica de cá, feita à base de cebola, e servida dentro de um pão tipo alentejano, que soube muito bem!

As primeiras más impressões com que tínhamos ficado quando chegamos à cidade, desapareceram completamente logo neste primeiro contacto com a cidade propriamente dita. A cidade não é muito grande, é pacata, repleta de estátuas, algumas igrejas e um trem que atravessa toda a parte histórica. Os turistas que se vêem são poucos, e pouca gente fala inglês, principalmente as pessoas mais velhas. As pessoas com quem falamos mostraram-se bastante simples e hospitaleiras. Podemos confirmar ainda as indicações que nos tinham dado sobre a beleza feminina da Eslováquia. É espantosa a quantidade de mulheres bonitas que se vêem nas ruas!

Uma das muitas estátuas espalhadas pela cidade

Uma das muitas estátuas espalhadas pela cidade

Depois de nos despedirmos das anfitriãs eslovacas que nos acompanharam no Bar, seguimos, ao final da tarde, para a zona do Castelo, monumento mais emblemático de Bratislava. A vista sobre o Danúbio é espectacular, e toda a zona envolvente do Castelo vale a pena visitar.

Foto com o Castelo em fundo

Foto com o Castelo em fundo

Chegamos ao hostel por volta das 21. Parte da comitiva tuga, ficou-se pelos quartos e já nem jantar foi. Estávamos todos estafados pois a noite anterior foi de pouco sono graças às viagens para cá chegar. Eu e o Ricardo ainda fomos a um restaurante cheio de pinta, numa esplanada, com música ao vivo, com um prato enorme à base de massa e com uma apresentação toda janota, juntamente com 2 cervejas XL, tendo pago no final cerca de 8 euros cada… Nada mau!

O cansaço era muito e por isso o dia ficou por aqui. Próximos capítulos brevemente…

Até já Portugal, Olá Eslováquia!

Bem, estou a poucas horas de embarcar para a Eslováquia. Malas feitas, mochila feita, papéis tratados, hostel marcado, já não falta nada!

Vão se acabar mordomias como ter a caminha feita todos os dias, roupa sempre pronta a vestir ou comida fresca sempre a horas. Pela primeira vez na vida vou saber o que é viver longe de casa. Isso não me assusta. Apesar da perda de algumas facilidades que aqui tenho, o facto de ir viver para um país diferente, com pessoas diferentes, viver um dia-a-dia completamente diferente e habituar-me a horários diferentes, é algo que me entusiasma. Ter de me desenrascar na cozinha, a passar a ferro, habituar a gerir com mais cuidado os meus gastos, são coisas que certamente me vão enriquecer. Depois de 21 anos a viver no mesmo sítio, sinto que esta mudança temporária vem mesmo a calhar, para combater um pouco a monotonia, os dias “iguais” e os hábitos enraizados. É claro que vão haver saudades. Mas como felizmente (ou infelizmente?) não há nada que me “prenda” especialmente a casa, acho que estes meses que vou estar fora, vão ser vividos com naturalidade (já pareço o Paulo Bento…).

Afinal 5 meses passam rápido e Erasmus é uma vez na vida (ou então não…)!